As autoridades judiciais da Tunísia confirmaram que foram encontrados 11 migrantes da África Subsaariana mortos e outros 44 desaparecidos no naufrágio ocorrido no Mediterrâneo, próximo ao porto de Sfax. A informação foi dada nesta segunda-feira (07), e diz que o acidente ocorreu na cidade tunisiana que é epicentro da emigração clandestina.
Os sete novos corpos foram retirados da água na noite do último domingo (06), e se somaram aos outros quatro que haviam sido encontrados anteriormente. As buscas ainda seguem, diz o porta-voz do tribunal de Sfax, Faouzi Masmoudi, em entrevista à AFP.
Até o momento, dois migrantes foram resgatados com vida. A embarcação teria cerca de 57 pessoas, segundo relata os sobreviventes. Ela teria saído de uma praia ao norte de Sfax, quando a precária embarcação afundou próximo das ilhas de Querquenes.
Em 2023, Sfax tem sido o principal ponto de partida de migrantes que buscam atravessar o Mediterrâneo para Europa. A praia da cidade tunisiana está a cerca de 130 quilômetros de Lampedusa, na Itália.
Um levantamento feito pelo país, traçado desde o dia 1º de janeiro até o dia 20 de julho, mostra que 901 corpos de migrantes foram encontrados na costa da Tunísia. Os migrantes, em sua grande maioria, são da África Subsaariana.
Além desta rota, também foram encontrados outros cinco corpos em um caminho de migração clandestina pelo Atlântico. Os migrantes são senegaleses, e teria sofrido um naufrágio ao largo do Saara Ocidental. Ao todo, foram resgatados outros 189 migrantes.
A Organização Internacional para as Migrações (OIM) afirma que o Mediterrâneo Central é considerada a rota migratória mais perigosa do mundo. Desde 2014, mais de 20 mil pessoas morreram tentando atravessar a região.
A migração em massa a África Subsaariana se deve, principalmente, pelo discurso do presidente Kais Saied, em 21 de fevereiro, que denunciou uma “hordas de clandestinos” que teriam chegado para “alterar o equilíbrio demográfico” do país.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.