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BRASIL

Coordenador da Apib aponta subdimensionamento da população indígena

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Depois de 13 anos do último Censo indígena, realizado em 2010, o coordenador da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), Kleber Karipuna, considerou positivos os dados divulgados nesta segunda-feira (7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), informando que houve crescimento de quase 89% desta parcela da população em relação ao levantamento anterior.

No entanto, Kleber Karipuna disse à Agência Brasil que a população indígena ainda está subdimensionada por causa de problemas de logística para acesso a algumas áreas. “O número pode ser maior, mas já é um crescimento significativo nesses 13 anos, em relação ao último censo da população indígena”. Ele ressaltou a importância de ter dados, não só da população em geral, mas também em nível dos estados e do número de domicílios que foram visitados.

O coordenador da Apib informou que a própria Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), cujos dados censitários eram muito usados, por estar localmente no dia a dia de cada comunidade, está trabalhando agora na reformulação de seu sistema de informação. Esse trabalho poderá trazer dados atualizados, muito próximos dos números do IBGE.

“Talvez uma estimativa da população indígena na casa de 1,8 milhão a 1,9 milhão de indígenas, se incluirmos aí populações em regiões de difícil acesso, povos isolados que não entram na contabilidade”. Kleber Karipuna destacou a importância das informações do censo, principalmente para subsidiar as políticas do governo para as populações indígenas. “A avaliação é muito positiva.”

Ele ressaltou também o esforço do IBGE, que conseguiu contemplar recenseadores indígenas para fazer o trabalho próximo das próprias comunidades. Em função das dificuldades de logística, de material e de transporte para ir até áreas de difícil acesso, aonde só se chega de helicóptero ou avião, Kleber propôs que, nos próximos anos, seja feito um esforço para solucionar esses problemas operacionais e de logística, visando a obter um mapa ainda maior da comunidade indígena brasileira.

“Mas este já é um número significativo. A ideia é tentar avançar cada vez mais, para retomar a população indígena que, em tese, em estimativa, totalizaria no Brasil, na chegada dos colonizadores, em torno de 5 milhões de pessoas”. Apesar da diferença populacional histórica, Kleber Karipuna disse que o resultado divulgado do censo “já é algo bastante expressivo”.

Fonte: EBC GERAL

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BRASIL

Pedro Paulo quer políticas para advogados com deficiência

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Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.

A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.

“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.

A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.

“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.

A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.

 

Fonte: ELEIÇÕES OAB MT

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