O Ministério das Relações Exteriores da Rússia criticou a decisão da Ucrânia de substituir a foice e o martelo de um monumento da era soviética em Kiev por um brasão ucraniano.
A mudança foi feita no último domingo (6), quando o governo ucraniano trocou o símbolo soviético por um tridente que fica no escudo do monumento conhecido como “Mãe Pátria”.
O Ministério da Cultura da Ucrânia afirmou que a mudança “será o início de uma nova etapa no renascimento de nossa cultura e identidade, a rejeição final dos símbolos e narrativas soviéticas e russas”.
No entanto, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, rebateu a declaração.
“Em Kiev, um tridente foi instalado no monumento ‘Mãe Pátria’. Esta é toda a essência do regime de Kiev e dos ciborgues liderados por ele. Mãe não pode ser renomeada. Ela é uma. E a única coisa que você pode fazer com isso é amar. E eles não sabem como”, escreveu ela no Telegram .
A estátua tem 102 metros de altura e é feita de aço. A construção do monumento começou em 1979 e ele representava uma mulher segurando uma espada em uma das mãos e, na outra, um escudo, que tinha no centro o símbolo soviético da foice e do martelo.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.