O governo russo acusa a Ucrânia de realizar um ataque com drones a um navio petroleiro em águas próximas à região da Crimeia, anexada pelos russos em 2014, neste sábado (5). Ainda de acordo com o Kremlin, ninguém se feriu.
A Agência Federal de Transporte Marítimo e Fluvial da Rússia, no entanto, disse que o navio-tanque SIG ficou danificado com o ataque.
“O petroleiro SIG recebeu um buraco na sala de máquinas perto da linha d’água a estibordo [lateral direita da embarcação], preliminarmente como resultado de um ataque marítimo de drones”, disse em comunicado.
O tráfego na Ponte da Crimeia e o transporte por balsas foi suspenso temporariamente após o incidente.
O navio estava se aproximando do Estreito de Kerch, que liga o Mar Negro e o Mar de Azov, segundo a mídia russa.
A agência Interfax, da Ucrânia, por outro lado, diz que uma fonte do serviço de segurança ucraniano afirmou que o ataque foi conduzido pelas forças navais de Kiev, e não por drones.
A agência Reuters diz que o drone usado transportava 450kg de explosivos. Este foi o segundo ataque na região dentro de 24 horas.
O chefe do Serviço de Segurança da Ucrânia, Vasyl Malyuk, não confirmou a autoria do ataque, mas elogiou a ação como um passo “absolutamente lógico e eficiente” contra o inimigo.
“Além disso, operações especiais são conduzidas no território marinho da Ucrânia e são completamente legais”, afirmou Malyuk.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.