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EUA: eleições de 2024 caminham para novo embate entre Trump e Biden

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Biden e Trump devem disputar eleições dos EUA mais uma vez
Reprodução/Twitter @POTUS e Instagram @realdonaldtrump

Biden e Trump devem disputar eleições dos EUA mais uma vez


As eleições presidenciais dos Estados Unidos acontecerão em novembro de 2024, mas a corrida eleitoral norte-americana já está aquecida. Democratas e Republicanos buscam definir qual será o candidato de cada partido para a disputa final.

Esta primeira etapa do pleito dos EUA é onde acontecem as primárias, quando são conhecidos os postulantes de cada um dos partidos ao cargo de presidente. Mas, apesar de contar com alguns candidatos, republicanos e democratas prevêem mais uma disputa entre Joe Biden e Donald Trump no final do ano que vem.

Isso porque, do lado do partido Republicano, o ex-presidente dispara como o principal nome em quem os eleitores devem votar nas primárias. Em uma pesquisa do New York Times/Siena College divulgada no dia 31 de julho, Trump aparece sendo a intenção de voto de 54% do eleitorado.

Segundo colocado na aferição, o atual governador da Flórida Ron DeSantis tem apenas 17% das intenções de voto. Mike Pence, ex-vice-presidente, o senador Tim Scott e Nikki Haley, ex-embaixadora dos EUA nas Nações Unidas, marcaram apenas 3% na pesquisa.


Vinícius Vieira, doutor em Relações Internacionais pelo Nuffield College, da Universidade de Oxford, afirmou que dificilmente Trump não será o escolhido pelo fato de ter uma base muito sólida dentro do seu partido. Além disso, aqueles que se opõem a ele dentro da legenda não conseguem chegar a um consenso de um outro nome.

“Vejo Ron DeSantis e Tim Scott como os principais concorrentes de Trump mas, entre eles, o mais forte seria de fato o governador da Flórida. Ele se reelegeu, vem adotando políticas na linha do trumpismo radical e tem um intervencionismo muito grande no que os americanos classificam como guerra cultural”, destacou o professor de Economia e Relações Internacionais da FAAP.

“Mesmo assim, DeSantis vem tendo dificuldades entre os eleitores republicanos na própria Flórida. Ou seja, se ele não tem força nem no próprio estado, quiçá em nível nacional”, complementou.

Ainda de acordo com o especialista, apesar de DeSantis, Scott e Haley não incomodarem a candidatura do ex-presidente norte-americano, eles devem se estabelecer como fortes nomes para o pleito de 2026.

Ron DeSantis aparece em segundo nas pesquisas de intenção de voto do partido Republicano
Reeprodução/Twitter @GovRonDeSantis

Ron DeSantis aparece em segundo nas pesquisas de intenção de voto do partido Republicano


Panorama Democrata

O panorama não é muito diferente dentro do partido Democrata. O atual presidente Joe Biden tem amplo favoritismo dentro da legenda e outros dois candidatos podem ter uma certa porcentagem de votos.

Um deles é Robert F. Kennedy Jr, sobrinho do ex-presidente americano John F. Kennedy. O advogado ficou marcado recentemente pelo seu posicionamento antivacina, chegando a relacionar doses de imunizantes contra a Covid ao autismo.

“Kennedy tem um discurso abertamente negacionista que até se assemelha ao de alguns republicanos trumpistas. Então, muitos dessa minoria democrata que é contra Biden tem nele um nome viável”, pontua Vieira.

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O outro nome é o da escritora e ativista Marianne Williamson. Ela, que também concorreu nas primárias democratas em 2020, diz ter um posicionamento mais à esquerda do que o de Biden, defendendo o ensino superior gratuito, por exemplo.

“Biden pode até receber desafios de alguns candidatos, mas também não vejo ninguém com forças suficientes para retirar do atual presidente norte-americano o direito de concorrer à reeleição”, enfatiza o docente de Relações Internacionais.

Biden x Trump

Diante das possibilidades apresentadas nos dois partidos, é grande a probabilidade de mais uma disputa entre Joe Biden e Donald Trump em novembro do ano que vem. E, independente do resultado, a projeção é de que seja uma eleição decidida novamente nos detalhes.

Um levantamento feito pelo The New York Times e divulgado no dia 1° de agosto apontou um empate entre os candidatos, com cada um deles recebendo 43% dos votos. Além disso, 14% dos entrevistados disseram que pretendem votar em um candidato da “terceira via”.

“Assim vem sendo nas eleições presidenciais norte-americanas do século 21. Vejo uma disputa muito apertada, até porque os Estados Unidos, hoje, é um país muito polarizado”, destaca Vinícius.

Biden mira nos jovens para garantir reeleição nos EUA
Reprodução/Twitter @POTUS

Biden mira nos jovens para garantir reeleição nos EUA


A título de exemplo, o republicano venceu o pleito eleitoral de 2020 ao ser escolhido em 306 colégios eleitorais e obtendo 50,8% dos votos, enquanto o democrata saiu vencedor em 232 colégios e foi votado por 47,4% dos eleitores.

Nas eleições de 2024, pode pesar a favor de Biden um diálogo do seu partido junto às minorias, enquanto Trump deve seguir com a confiança da extrema direita e apostar em um possível déficit econômico apresentado nos próximos meses pela gestão do atual presidente.

“Se houver uma grande mobilização do partido Democrata entre os mais jovens e membros de minorias, Biden tende a obter a reeleição, talvez pela mesma margem que venceu Trump em 2020. Se Biden não tiver essa movimentação e a classe média americana sentir o peso da inflação, Trump pode despontar”, diz o especialista.

Questionado se os indiciamentos de Donald Trump na Justiça norte-americana podem atrapalhá-lo na corrida eleitoral, o docente de Relações Internacionais afirma que, na verdade, a polarização política pode fazer com que estes processos dêem ainda mais força ao republicano entre seu eleitorado.


“Trump tem aquele ‘efeito teflon’, ou seja, nada gruda nele porque a polarização é um fato. Então, aqueles que estão com ele, verão nestas ações judiciais uma perseguição e votarão com ainda mais entusiasmo do que se ele não estivesse sendo alvo de processos criminais”, ressalta, pontuando ainda que o “bolso” do norte-americano será determinante nas eleições.

“O eleitor que se identifica com valores conservadores ou progressistas já escolheu um lado, e quem vai decidir a eleição são os poucos eleitores que ainda votam pensando apenas no bolso. Logo, se esses cidadãos tiverem bem-estar econômico, preços menores, gasolina no tanque, empregos e comida relativamente barata, acredito que Biden tenha a eleição quase garantida.”

Fonte: Internacional

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Putin confirma encontro com Xi Jinping na Rússia em outubro

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Foto da agência russa Sputnik mostra o presidente russo Vladimir Putin e o homólogo chinês Xi Jinping em Astana, em 3 de julho
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Foto da agência russa Sputnik mostra o presidente russo Vladimir Putin e o homólogo chinês Xi Jinping em Astana, em 3 de julho


O presidente da Rússia, Vladimir Putin,  confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.

O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.

De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.

Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.

“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.

O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.

A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.

Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.

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Fonte: Internacional

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