Vladimir Putin, presidente da Rússia , afirmou que o Kremlin deve considerar o contingente nuclear da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e não somente a dos Estados Unidos .
Segundo Putin, o principal objetivo da aliança militar entre os países é a derrota estratégica de Moscou na guerra com a Ucrânia .
“Nas condições de hoje, quando todos os principais países da Otan anunciaram nossa derrota estratégica como seu objetivo principal, […] como não podemos considerar seu potencial nuclear?”, disse o presidente russo.
Putin afirmou também que a Otan confirma participação no conflito quando financia armamento para Kiev.
“Eles [Otan] fornecem armas no valor de dezenas de bilhões de dólares para a Ucrânia. De certa forma, essa é uma participação. Por quê? Porque não é simplesmente cooperação técnico-militar, já que eles não recebem dinheiro por isso”, disse o presidente russo.
Putin declarou ainda que o Ocidente tem o objetivo de acabar com a Federação Russa. “Eles têm um objetivo de liquidar a antiga União Soviética e sua parte principal, a Federação Russa. E, mais tarde, eles provavelmente nos admitirão na chamada ‘família de povos civilizados’, mas apenas por partes, cada parte separadamente. Para quê? Para mandar nessas partes e colocá-las sob seu controle”, disse o líder russo.
O chefe de Estado da Rússia ressaltou que a população russa não sobreviverá se o Ocidente conseguir “desintegrar a Federação Russa” e “assumir os seus fragmentos”.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.