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MATO GROSSO

Seciteci forma profissionais em cursos de agropecuária e enfermagem na Escola Técnica de Diamantino

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Vinte e sete novos técnicos de nível médio em agropecuária e em enfermagem se formaram pela Escola Técnica Estadual de Diamantino, vinculada à Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Seciteci). Dos formandos, 14 foram em agropecuária e 13, sendo todas mulheres, em enfermagem.

O curso teve a duração de quatro anos, passando pela pandemia, o que tornou o estudo nesse período mais desafiador e a conclusão motivo de festa, como relataram os estudantes e a diretora da unidade de ensino, que acompanhou o dia a dia deles.

Uma das formandas do curso técnico de enfermagem é Adilaine Aparecida Lima da Silva Souza, que recebeu uma homenagem como aluna-destaque do curso. Ela afirma que sempre quis trabalhar na área da saúde e que a formatura é um sonho. 

“O curso para mim é parte de um sonho. Sempre quis formar na área da saúde. É um curso de grande relevância para minha vida. Eu sempre gostei de cuidar do próximo, é muito gratificante”, destaca. Ela já tinha feito outro curso em 2014 pela escola de Diamantino, de técnica em Gerência e Saúde. 
 

As duas turmas iniciaram o curso em 2018, e para muitos deles receber o diploma representa uma conquista histórica, porque precisaram superar as dificuldades pessoais de aprendizagem, de deslocamento das suas cidades, como Nova Marilândia e Alto Paraguai, e sobreviver na pandemia da Covid-19. 
 
“Os professores foram guerreiros e parceiros. Nós passamos por um período muito difícil, a pandemia na escola. Mas Graças a Deus tivemos muito apoio dos professores e conseguimos vencer essa etapa e chegar até aqui”, completa Adilaine. 
 
Além de receber a moção de aluna-destaque da turma, após a colação de grau, sem ela saber, a representante na cerimônia do Hospital São João Batista, de Diamantino, Tatiane Araújo Oliveira, informou que a nova técnica será contratada pela empresa.
 
Superação de desafios
 
Maria Aparecida Moreno da Silva, uma das mais aplaudidas na cerimônia de formatura do curso técnico de enfermagem na formatura, realizada na sexta-feira (24.02), enfrentou desafios de deslocamento da cidade onde mora, Alto Paraguai, para acompanhar as aulas, em Diamantino, mas seguiu em frente, até obter o diploma. 
 
“Era um sonho que eu tinha de ajudar as pessoas e pensei em fazer um curso técnico. Foram quase 5 anos que eu e mais duas colegas vínhamos de moto de Alto Paraguai. Tinham noites que a gente sentia medo por causa dos camihões que passavam em alta velocidade”, contou.
 
Mato Grosso de oportunidades 
 
O secretário Adjunto de Educação Profissional e Ensino Superior da Seciteci, Dimorvan Brescancim, relembrou que nesta trajetória houve a maior crise humanitária de todos os tempos: a pandemia da Covid-19, e destacou a persistência e o esforço dos alunos, o apoio dos familiares, dos professores e da equipe da escola, que foram fundamentais para que os formandos conseguissem realizar esse sonho de concluir o curso técnico. 
 
“Esse diploma para vocês hoje, eu não tenho dúvida de que com coragem, humildade, a busca do conhecimento permanente, a atitude de ser disponível, pró-ativo, no Estado de Mato Grosso vocês não ficarão sem oportunidade de trabalhar”, relata sobre as qualidades dos bons técnicos. “Mato Grosso cresce acima da média nacional, é um Estado de muitas oportunidades”, reforça Dimorvan.
Weslley Rocha Santos, formado em agropecuária, completa o impacto da formação técnica de nível médio da SECITECI para sua geração como “um motivo de orgulho” e complemento dos empreendimentos da família. 
 
“É uma conquista que eu vinha tentando há muito tempo atrás. Eu sou formado em administração, mas o primeiro curso que sempre quis fazer foi Técnico em Agropecuária. Minha família é envolvida com agricultura familiar. Eu queria conhecer mais, da teoria e da prática para poder trazer isso para dentro da família”, destaca sobre possibilidades futuras.
 
Formação para o interior
 
O secretário Dimorvan ainda lembrou que o governador Mauro Mendes e toda sua equipe estão empenhados na ampliação da oferta de oportunidades de qualificação profissional para todo o Estado de Mato Grosso.
 
A coordenadora de Educação Profissional e Tecnológica da SECITECI, Girlayne Santos Menezes, destacou a importância da secretaria levar ao interior de Mato Grosso formação técnica de nível médio, por meio da Escola Técnica Estadual de Diamantino, para suprir necessidades das pessoas e do desenvolvimento socioeconômico do Estado.
 
“Passaram-se os tempos em que cidades interioranas como Diamantino, localizadas minimamente dos centros metropolitanos, necessitavam importar capital humano capacitado para desenvolver funções e atividades técnicas em áreas importantes da nossa vida, como a saúde e agropecuária”, disse, se referindo aos entraves para o desenvolvimento socioeconômico no interior.
 
A diretora da Escola Técnica Estadual de Diamantino, Eva Luiza Melo, elogiou os alunos por terem enfrentado as dificuldades e conseguirem se formar. 
 
“Não importa o começo das coisas, mas o final. E vocês mostraram que foram vitoriosos. O trajeto que faziam de Nova Marilândia e Alto Paraguai. Quando dormiam na escola, com chuvas. Vocês foram perseverantes. Alguns desistiram por dificuldades do dia a dia. Mas vocês chegaram até ao final. Gratidão”, enfatizou, emocionada.
 

Fonte: GOV MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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