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MATO GROSSO

Agricultores familiares contemplados com kits de irrigação em MT destacam garantia de aumento na renda

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Agricultores beneficiados com o projeto AgroFamiliar, desenvolvido pela Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf) e coordenado pela Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), já têm garantia de aumento na renda familiar e planejam aumentar a área de produção após serem contemplados com sistema de irrigação. A iniciativa piloto recebeu investimento de R$ 22 milhões do Governo de Mato Grosso e conta com a participação de 306 produtores rurais.

O projeto conta com a parceria da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM) e prefeituras municipais, com objetivo de incentivar o desenvolvimento da agricultura familiar, nas cadeias produtivas da bovinocultura de leite, fruticultura, mandioca, apicultura, piscicultura e turismo rural.

Ao todo, foram entregues 98 kits de irrigação tipo aspersão e gotejamento para agricultores dos municípios de Chapada dos Guimarães, Nova Brasilândia e Planalto da Serra.

No sítio da produtora Ângela Maria Tavares e da família dela, o sistema para irrigar a produção de maracujá já está em funcionamento. A propriedade que fica em Nova Brasilândia tem um hectare e a ideia é ampliar a área para mais meio hectare.

Ângela conta que, no período de um ano e sete meses, a renda da família foi somente da venda da fruta nos mercados da região e produção de polpa que comercializa para os vizinhos.

“É uma fruta ótima, mas precisa de água. Por isso, fiquei muito feliz em poder participar do projeto e receber o sistema de irrigação que já está em pleno funcionamento. Com o sistema de irrigação antigo tinha que dividir a área em quatro partes e dava muito trabalho. Agora, ligamos a bomba e toda área é molhada, além da economia da energia que antes precisava ficar ligada por mais de hora. Hoje, em meia hora, o serviço é concluído. Além de facilitar a lida, estamos contentes e com a garantia de renda para os próximos anos”, afirma.
Foto: Lucas Diego/Seaf-MT

Proprietário do Sítio Ribeirão da Costa, localizado no Distrito de Água Fria, em Chapada dos Guimarães, Camilo Lemes de Souza, destaca o projeto como uma vitória aos produtores rurais.

“Todos os dias sonhava em ter condições de trabalho para aumentar a renda. O sistema de irrigação chegou em uma boa hora e vai fazer toda diferença. Estou muito feliz”, pontuou.

Na área, ele ¿produz banana, mamão e mandioca.

Inicialmente, além da irrigação, o projeto incentiva a apicultura, com a entrega de 240 caixas de abelhas.

O coordenador do projeto, Dionei Ribeiro, que é técnico da Empaer, explica que o projeto foi pensado para fomentar o desenvolvimento regional junto a municípios do Vale do Rio Cuiabá, por meio de ações que visam a melhoria da qualidade de vida da população.

“Foi realizado um diagnóstico e identificadas as vocações de maior importância econômica e observadas as características geográficas de cada município e as cadeias produtivas vocacionais da agricultura familiar”, informou.

Segundo Ribeiro, será realizada uma capacitação e assistência técnica voltada aos produtores beneficiários do projeto, cadastrados nas cadeias produtivas.

“É de suma importância a assistência técnica continuada aos produtores, para garantir que a aplicação de recursos feita pelo Estado tenha eficiência, além de constância e qualidade na produção e comercialização dos produtos”.

O projeto

O Agro familiar é uma iniciativa piloto e vai incentivar o desenvolvimento da agricultura familiar, beneficiando produtores das comunidades tradicionais e assentamentos nos três municípios. Ele está pautado em quatro eixos de atuação: Estruturação das propriedades com máquinas e equipamentos; Capacitação de produtores, Assistência Técnica e Regularização Ambiental e Fundiária.

Foram levados em consideração os seguintes aspectos: população, características geográficas, extensão territorial, vegetação e flora, unidades de conservação, bacia hidrográfica, solo, clima e regime pluviométrico de cada município.


Foto: Lucas Diego/Seaf-MT

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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