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MATO GROSSO

Prefeitos aderem à gestão consorciada dos resíduos sólidos

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O município de Barão de Melgaço, cujo território se localiza integralmente no Pantanal Mato-grossense, produz três toneladas de lixo por dia. Com quase 12 mil quilômetros quadrados de extensão territorial, o equivalente a 12 vezes o tamanho da cidade de Várzea Grande, o município conta com mais de 300 comunidades, boa parte delas com acesso apenas fluvial. 

Nesta quarta-feira (26), durante reunião realizada pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso e Tribunal de Contas com os municípios que integram a Baixada Cuiabana para discutir a possibilidade de implementação de um consórcio para a gestão dos resíduos sólidos, a prefeita de Barão de Melgaço, Magareth Gonçalves da Silva, foi a primeira a chamar a atenção dos participantes sobre os desafios enfrentados pelo município, deixando claro que não tem condições de fazer o aterro sanitário.  

“Além da questão ambiental, já que Barão de Melgaço é o único município 100% dentro do Pantanal, não temos a infraestrutura necessária para levar o lixo para a cidade mais próxima”, enfatizou a prefeita. Na cidade, o chorume (líquido escuro resultante da decomposição da matéria orgânica do lixo) é jogado diretamente em uma lagoa que desagua no Pantanal.

Segundo o promotor de Justiça Carlos Eduardo Silva, ao término da reunião os prefeitos chegaram à conclusão de que a gestão consorciada é a alternativa mais viável para que os municípios consigam cumprir as exigências estabelecidas na Lei nº 12.305/2010, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos. 

Ele explicou que, em março deste ano, Cuiabá encerrou o lixão e hoje conta com aterro sanitário. O local está à disposição dos municípios da baixada para o depósito de seus resíduos. “Tivemos um contato preliminar no final do ano passado com os municípios que integram a Baixada Cuiabana para viabilização de um consórcio para gestão dos resíduos sólidos. Na ocasião, trouxemos o Estado para auxiliar no planejamento e na destinação final dos resíduos. É uma discussão que envolve uma série de questões concatenadas”, afirmou o promotor de Justiça.

O conselheiro do Tribunal de Contas, Sérgio Ricardo de Almeida, enfatizou que na mesma esteira do Ministério Público, a Corte de Contas vem contribuindo na orientação, conscientização e articulação entre os municípios visando o cumprimento da legislação. “É uma questão complexa, mas precisamos ter um indicativo do que os municípios pretendem fazer. Algumas questões são emergenciais e outras precisam ser planejadas em um prazo maior”, afirmou.

Em Chapada dos Guimarães, outro município com grande potencial turístico em Mato Grosso, o lixo também não tem a destinação adequada. A cidade produz em média 19 toneladas de lixo por dia. Nos finais de semana e feriados, segundo o prefeito da cidade, Osmar Froner, a produção quase que triplica.

Custos – De acordo com estimativa de custo da coleta regular, transbordo e disposição final dos resíduos sólidos até o aterro sanitário de Cuiabá, entre os municípios da Baixada Cuiabana, o que vai gastar menos terá que desembolsar anualmente R$ 1,2 milhão, que seria o caso de Nossa Senhora do Livramento.

Nobres e Rosário Oeste teriam um custo anual de R$ 3,7 milhões, Poconé (R$ 3,5 mi), Chapada dos Guimarães (R$ 1,9 mi), Barão de Melgaço e Santo Antônio do Leverger (R$ 2,1 mi) e Acorizal e Jangada (R$ 1,3 mi).

O professor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) Paulo Modesto  Filho, reforçou a necessidade de os municípios desenvolverem um trabalho de valorização do resíduos para diminuição dos custos. Ele lembrou que aproximadamente 34% dos resíduos que são produzidos têm potencial para reciclagem. Isso sem contar os resíduos orgânicos.

“Mato Grosso já avançou em relação à gestão dos resíduos sólidos. Hoje, 58 municípios do Estado destinam os resíduos para aterros sanitários. O problema é que todos levam tudo o que coletam, não há um trabalho de valorização dos resíduos”, destacou o professor.
 

Fonte: Ministério Público MT – MT

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MATO GROSSO

Polícia Civil deflagra Operação Cafofo para cumprimento de mandados de prisão

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A Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) de Confresa, deflagrou a Operação Cafofo para cumprimento de dois mandados de prisão, nesta sexta-feira (22.11).

As ordens judiciais foram cumpridas na Cadeia Pública do município de Jaciara e na Penitenciária Central do Estado, em Cuiabá.

Os detentos, de 23 e 29 anos, são investigados por planejarem um roubo em Confresa. Armados, os suspeitos, que executaram o crime, invadiram uma residência e fizeram a família de refém e cárcere privado.

Agindo com extrema violência, os criminosos amarraram as vítimas, que foram obrigadas a fazer várias transferências via PIX. Após subtraírem uma alta quantia em dinheiro, enviada para diferentes contas, os suspeitos fugiram.

Durante investigação da Derf de Confresa, os autores do roubo foram identificados e já estão presos, bem como identificados os outros integrantes que receberam o dinheiro.

Entre os envolvidos, estão os dois detentos, alvos dos mandados de prisão expedidos pelo juízo da Comarca de Porto Alegre do Norte, cumpridos nesta sexta-feira (22), na Cadeia Pública de Jaciara e na Penitenciária Central do Estado.

A Derf de Confresa afirma que as investigações continuam para apresentar à Justiça os demais integrantes que também receberam as transferências, assim desarticulando a organização criminosa.

Nome

A operação Cafofo faz referência a local pantanoso ou alagadiço que exala mau cheiro. Na gíria popular significa casa ou esconderijo.

Fonte: Governo MT – MT

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