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BRASIL

Relógio no Cristo Redentor alerta sobre impactos das mudanças do clima

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O Brasil vai receber neste sábado (22), quando é celebrado o Dia da Emergência Climática, o Relógio do Clima, ou Climate Clock. Criado por grupo internacional de cientistas e de ativistas, ele marca o prazo que resta para que seja mantido o aumento médio da temperatura terrestre em níveis minimamente seguros para a humanidade.

O relógio continuará regredindo no tempo e quando atingir a zero significará que todo o orçamento de carbono estará esgotado e a probabilidade de impactos climáticos globais devastadores será muito alta. A iniciativa surgiu a partir de eventos climáticos extremos que têm ocorrido com frequência cada vez maior ao redor do mundo.

“Quando o cálculo foi feito em 2015, a gente estava em um ritmo de emissões em que os cientistas falaram que a gente teria até 2030 para tentar ficar dentro do limite de 1,5°C. Agora é antes disso, a gente está falando em menos de seis anos”, disse à Agência Brasil, Natalie Unterstell, presidente do Instituto Talanoa, que é o responsável pela ação do Relógio do Clima no Brasil.

“A mensagem é essa. É tarde e a gente não tem tempo a perder. É hora de fazer um alinhamento total das políticas e das decisões privadas também com esse imperativo da redução das emissões [de carbono] e de garantir segurança climática para todos”, apontou a presidente.

Outros países

Depois de ter passado numa projeção digital de 24 metros na Union Square de Nova York, e em outros tamanhos em Londres, Roma, Seul, Tóquio e Pequim; o Relógio do Clima será projetado no monumento do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, entre 17h e 21h.

“São ações grandes e de visibilidade para fazer as pessoas que sequer estão pensando neste assunto se darem conta desse tempo restante no relógio climático”.

A iniciativa conta ainda com relógios portáteis de ação entregues a líderes climáticos mundiais como Greta Thunberg e o primeiro-ministro das Bahamas, Phillip Davis. Aqui no Brasil, a ativista indígena Txai Suruí e Natalie Unterstell, foram presenteadas com exemplares.

“O mais importante é que a mensagem do relógio ecoe para muitas pessoas. Ele significa que se a taxa de emissão continuar a aumentar ele vai acelerar, o relógio vai andar mais rápido. Por outro lado, se a gente conseguir reduzir as emissões esse relógio vai começar a marcar mais devagar”, explica Natalie.

“Literalmente a gente tem esse controle do tempo nesse relógio por conta das nossas emissões. Ele é um relógio climático, não é um relógio comum. Ele não marca que horas são”, disse Natalie Unterstell sobre o efeito do equipamento que ganhou.

Prazo

Na projeção no Cristo Redentor, será a primeira vez em que o Relógio do Clima marcará prazo menor que seis anos para zerar o orçamento de carbono. “A gente está encurtando o tempo para essa ação ocorrer. Acho que esse é o maior perigo. A humanidade não está se dando chance de limitar o aquecimento [global] em níveis seguros. A gente está avançando rumo ao abismo infelizmente. Aí a gente quer ilustrar que as soluções já existem para a gente resolver o problema. Então, junto com a marca do relógio que vai aparecer no Cristo, vão ter as soluções que vão desde controlar o desmatamento, fazer a transição para as energias renováveis e assim por diante”, revelou.

Natalie explica que em 2015 cientistas fizeram o cálculo de que precisaria manter o aquecimento global abaixo de 1,5ºC como limite mais seguro para a população mundial até 2030, mas isso vem se alterando. “A gente estava em um ritmo de emissões em que os cientistas falaram que a gente tem até 2030 para tentar ficar dentro do limite de 1,5ºC. Agora é antes disso, a gente está falando em menos de seis anos. A gente está encurtando o tempo para essa ação ocorrer. Acho que esse é o maior perigo. A humanidade não está se dando chance de limitar o aquecimento em níveis seguros. A gente está avançando rumo ao abismo infelizmente”, lamenta.

Brasil inserido

A presidente do instituto Talanoa destacou que o Brasil é o quinto maior emissor global de gases de efeito estufa. “Isso quer dizer que a gente tem essa responsabilidade. É um chamado para a gente olhar para as nossas emissões e nossas responsabilidades e tomar ações aqui também. É óbvio que tem países mais ricos e economias mais avançadas, que emitiram muito mais que a gente, como os Estados Unidos. A gente também tem que cobrar deles, mas que fique clara a nossa responsabilidade e que a gente ouça esse chamado também”, comentou, acrescentando que essa é a importância do Brasil fazer parte da iniciativa neste sábado.

Fonte: EBC GERAL

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BRASIL

Pedro Paulo quer políticas para advogados com deficiência

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Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.

A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.

“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.

A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.

“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.

A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.

 

Fonte: ELEIÇÕES OAB MT

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