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MATO GROSSO

Setasc debate políticas públicas de inclusão e combate ao racismo no 2º Encontro Regional de Mulheres Negras

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Debater políticas públicas de inclusão da mulher negra e o combate ao racismo são os objetivos do 2º Encontro Regional de Mulheres Negras de Mato Grosso, que será realizado pela Secretaria de Estado de Assistência Social e Cidadania (Setasc), em parceria com o Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial (Cepir-MT), nos dias 25 e 26 de julho, em Vila Bela da Santíssima Trindade.

Realizado no Dia de Tereza de Benguela e da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha (25 de julho), o evento ocorrerá na Escola Municipal Ricardo Franco e deverá reunir cerca de 350 mulheres de todo Estado, representando os Conselhos Municipais de Promoção de Igualdade Racial (CMPIRs), os Quilombos, os Terreiros, entre outros.

O evento terá início às 9h com a composição de mesa de autoridades. Em seguida, às 10h, haverá a Palestra Magna, com a deputada federal Gisela Simona, com o tema “Políticas Públicas para Mulheres no Estado de Mato Grosso e Mulheres na Política”.

No período da tarde haverá uma mesa redonda, às 14 horas, mediada pela defensora pública de Mato Grosso, Cleide Regina Ribeiro, com a participação da defensora pública do estado de Sergipe, Carla Caroline de Oliveira Silva e da desembargadora federal do Trabalho da 23ª Região (TRT23), Adenir Carruesco.

A partir das 16 horas haverá atividade cultural, com oficina de maquiagem e turbante, e baile black às 20h30.

No dia 26 a programação começa às 8h30, com uma roda de conversa mediada pela secretária de Cultura de Vila Bela de Santíssima Trindade, Czarina Farias de Brito; às 10 horas será realizada a plenária.

Durante o evento haverá mostra de posters: Jovens Pesquisadoras Negras; Escritoras Negras; e Exposição e venda de livros, além de mostra de arte indígena.

Serviço
2º Encontro Regional de Mulheres Negras de Mato Grosso

Data: 25 e 26 de julho (terça e quarta-feira)
Horário: A partir das 9h
Local: Escola Municipal Ricardo Franco – Vila Bela da Santíssima Trindade

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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