“As forças armadas da Federação Russa realizaram um ataque de retaliação em massa durante a noite usando armas marítimas de precisão contra instalações onde atos terroristas contra a Federação Russa estavam sendo preparados usando barcos não tripulados”, informou o ministério em comunicado, dizendo que os locais atingidos foram Odessa e Mykolaiv.
Segundo a nota, uma fábrica de reparos de navios perto de Odessa, onde essas embarcações estavam sendo construídas. Os barcos foram pensados para serem drones navais, o que a Rússia acredita que tenham sido usados para o ataque à ponte da Crimeia.
“Além disso, as instalações de armazenamento com cerca de 70.000 toneladas de combustível usado para abastecer o equipamento militar ucraniano foram destruídas”, continuou o comunicado.
Segundo a Força Aérea ucraniana, seis mísseis de cruzeiro Kalibr e 31 dos 36 drones foram abatidos.
Conforme a Ucrânia, os destroços de ondas de choque causaram danos em casas e a uma infraestrutura portuária em Odessa. O comando militar do sul do país informou que não houve relatos de mortes, mas um homem idoso teria ficado ferido.
Mais tarde, o presidente russo Vladimir Putin afirmou que Moscou responderia ao ataque. Segundo autoridades russas, duas pessoas morreram e uma ficou ferida. O mandatário classificou o incidente como um “ataque terrorista”, e afirmou que a ofensiva foi “sem sentido” pelo fato do local não ser mais uma rota de transporte militar do país.
“Este é um crime sem sentido do ponto de vista militar, já que a ponte da Criméia há muito não é usada para transporte militar, e brutal porque que civis inocentes foram mortos”, afirmou Putin após reunião com outras autoridades russas.
“Claro, haverá uma resposta da Rússia. O Ministério da Defesa está preparando propostas relevantes”, complementou o presidente russo.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.