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Agronegócio

Com Mato Grosso na liderança, Valor Bruto da Produção Agropecuária chega a R$ 1,148 trilhão

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O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) no Brasil atingiu a marca estimada de R$ 1,148 trilhão em 2023, representando um aumento de 2,6% em relação ao ano anterior com Mato Grosso na liderança. Os dados foram divulgados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

O crescimento do VBP foi impulsionado principalmente pelo desempenho das lavouras, que registraram um aumento de 4,9% em seu valor. Isso se deve, em grande parte, ao recorde na safra de grãos e aos ganhos de produtividade alcançados pelos agricultores brasileiros.

Por outro lado, o setor da pecuária teve uma retração de 2,4% no VBP. Essa diminuição é atribuída à queda na produção de carne bovina e de frango, afetada por diversos fatores, como questões sanitárias e demanda internacional.

Os valores específicos do VBP das lavouras e da pecuária são de R$ 812,1 bilhões e R$ 336,6 bilhões, respectivamente. Entre os produtos que se destacaram, estão o amendoim (com aumento real de 8,9%), arroz (7,8%), banana (14,3%), cana-de-açúcar (11,9%), feijão (19,0%), laranja (27,8%), mandioca (33,6%), milho (3,9%), soja (3,5%), tomate (14,3%) e uva (3,8%).

Na pecuária, os maiores contribuintes para o VBP são os suínos, leite e ovos. Embora as carnes em geral tenham apresentado uma retração de -5,1% em dólares no mercado internacional, as transações de carne de frango e suína mostraram-se favoráveis.

No entanto, alguns produtos, como algodão, batata inglesa, café e trigo, tiveram um desempenho menos favorável devido a preços baixos ou menores quantidades produzidas. Especialmente o café foi afetado por uma forte redução nos preços internacionais.

Em termos de desempenho, os produtos que lideram o ranking são soja, milho, cana-de-açúcar, café e algodão, representando juntos 82% do VBP das lavouras em 2023.

Os estados que mais influenciam o VBP no Brasil são Mato Grosso, Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Goiás, devido à sua liderança na produção de grãos, pecuária bovina e café.

O setor agropecuário continua sendo um importante pilar da economia brasileira, contribuindo para o crescimento do país e o abastecimento interno e externo de alimentos.

O VBP reflete a relevância e o impacto do agronegócio na sociedade brasileira por representar o valor bruto da produção agropecuária em determinado período, incluindo tanto as lavouras quanto a pecuária.

O VBP é utilizado como um indicador fundamental para mensurar a atividade agropecuária e seu desempenho econômico. Ele reflete a produção e o valor gerado pelos diferentes segmentos do setor, fornecendo informações valiosas sobre a importância econômica do setor e sua contribuição para o crescimento econômico, geração de empregos, balança comercial e abastecimento interno. É um elemento essencial para a compreensão e o planejamento do desenvolvimento do agronegócio e da economia como um todo.

Entre as principais importâncias do VBP para a economia, destacam-se:

Impacto no PIB: O setor agropecuário é um dos pilares da economia, e o VBP tem um papel relevante na composição do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Seu crescimento contribui para impulsionar o crescimento econômico geral.

Geração de empregos: A agropecuária é uma grande geradora de empregos, seja na produção, no processamento ou na distribuição dos produtos. O VBP reflete a atividade econômica do setor e sua capacidade de criar oportunidades de trabalho e renda para a população.

Balança comercial: O agronegócio tem um papel estratégico nas exportações brasileiras, e o VBP é um indicador importante para avaliar a contribuição do setor para a balança comercial. O desempenho das lavouras e da pecuária no mercado internacional influencia diretamente as exportações e as receitas do país.

Abastecimento interno: O VBP também é relevante para o abastecimento interno de alimentos e produtos agropecuários. O crescimento da produção agropecuária reflete a capacidade de suprir a demanda interna por alimentos, garantindo a segurança alimentar da população.

Desenvolvimento regional: O VBP tem um impacto significativo nas diferentes regiões do país, impulsionando o desenvolvimento socioeconômico de áreas rurais e promovendo a inclusão social. Ele influencia investimentos, infraestrutura, serviços e políticas públicas voltadas ao setor agropecuário.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Rondônia se destaca na aplicação do Projeto Paisagens Sustentáveis

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O Estado de Rondônia tem se destacado na aplicação do Projeto Paisagens Sustentáveis da Amazônia, focado em ajudar agricultores familiares na regularização ambiental de suas propriedades, especialmente em áreas de preservação permanente (APP) e reservas legais (RL).

Em parceria com a Ecoporé, contratada pela Conservação Internacional do Brasil (CI-Brasil) a partir de demanda da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Ambiental (SEDAM), o projeto tem avançado sem grandes dificuldades e com apoio técnico essencial para agricultores que, sem essa ajuda, enfrentariam barreiras financeiras significativas para realizar a recomposição ambiental.

Até agora, o projeto distribuiu gratuitamente materiais como mourões, palanques, arame e catracas, facilitando a construção de cercas para isolamento de áreas. Esse isolamento é crucial para impedir o pisoteio de animais e proteger fontes de água, favorecendo a regeneração natural e prevenindo incêndios nas áreas protegidas.

Além disso, para o próximo mês, estão planejados o plantio de 200 mil mudas e a semeadura de mais de 8 toneladas de sementes nas áreas isoladas, que vão contribuir para a recomposição da vegetação nativa e a proteção das margens dos cursos d’água. O projeto tem uma meta ambiciosa de restaurar 500 hectares de áreas degradadas até 2025, abrangendo municípios na região da BR-429 e Zona da Mata, incluindo Alta Floresta D’Oeste, Cacoal, Santa Luzia D’Oeste e São Miguel do Guaporé.

Para a execução do projeto, são utilizados recursos do Fundo Verde para o Clima e do Banco Mundial, o que possibilita que os agricultores recebam não apenas materiais, mas também assistência técnica especializada para a restauração ambiental.

PROJETO – O Projeto Paisagens Sustentáveis da Amazônia é uma iniciativa de grande alcance que busca integrar conservação e práticas sustentáveis em uma região que abrange o Brasil, Colômbia e Peru. No Brasil, ele é coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), em alinhamento com órgãos federais e estaduais focados na Amazônia. Este projeto regional é financiado pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF) e implementado com a ajuda do Banco Mundial, com um orçamento inicial de US$ 60,33 milhões e duração planejada entre 2018 e 2023.

A primeira fase do projeto se concentrou em várias metas estratégicas, incluindo a conservação de biodiversidade, recuperação de áreas degradadas, aumento de estoques de carbono, promoção de manejo florestal sustentável, e fortalecimento de políticas de conservação. O FUNBIO (Fundo Brasileiro para a Biodiversidade) e a Conservação Internacional do Brasil foram as principais agências executoras desta fase.

Com a fase 2, iniciada em 2021 e prevista para ir até 2026, o projeto ganha um financiamento adicional, mantendo o objetivo de promover uma gestão mais integrada e sustentável das paisagens e ecossistemas. A Fundação Getúlio Vargas (FGV) assume a execução desta fase, que traz algumas mudanças. Uma das principais diferenças é que, em vez de criar novas unidades de conservação, o foco agora é fortalecer a gestão de áreas já existentes e promover práticas de manejo sustentável em vastas extensões de terras. Na região do Rio Negro, por exemplo, a fase 2 se dedicará à consolidação de áreas como a Reserva da Biosfera da Amazônia Central e outros sítios importantes.

As metas para essa fase incluem a recuperação de 1.200 hectares, manutenção de 28.000 hectares de áreas já em processo de recuperação, e consolidação de 4 milhões de hectares de Unidades de Conservação fora do programa ARPA. Além disso, o projeto visa incentivar práticas de manejo sustentável em 300 mil hectares de propriedades rurais e melhorar a gestão de 11,9 milhões de hectares de instrumentos de gestão territorial.

Fonte: Pensar Agro

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