O presidente da Rússia classificou o incidente como um “ataque terrorista”, e afirmou que a ofensiva foi “sem sentido” pelo fato do local não ser mais uma rota de transporte militar do país.
“Este é um crime sem sentido do ponto de vista militar, já que a ponte da Criméia há muito não é usada para transporte militar, e brutal porque que civis inocentes foram mortos”, afirmou Putin após reunião com outras autoridades russas.
“Claro, haverá uma resposta da Rússia. O Ministério da Defesa está preparando propostas relevantes”, complementou o presidente russo.
Vladimir solicitou ainda que as autoridades desta região prestem toda a assistência à jovem sobrevivente do ataque, visto que seus pais faleceram diante da ofensiva ucraniana que contou com dois drones marítimos.
“Considerando que este é o segundo ataque terrorista na ponte da Criméia, estou aguardando propostas específicas sobre como melhorar a segurança desta instalação de transporte estrategicamente importante”, ressaltou na sequência.
Ucrânia assume autoria
A Ucrânia assumiu a autoria do ataque em questão por meio de uma publicação feita no perfil do Telegram do ministro da Transformação Digital, Mykhailo Fedorov.
O ministro confirmou que a ponte foi atacada por drones navais. Ele destacou ainda que o país visa aumentar a produção destes veículos aéreos não tripulados que vêm sendo amplamente utilizados no conflito.
“É melhor agir, não revelar fotos de nossas próprias instalações de produção e fornecer as Forças de Defesa”, ressaltou. “A produção já foi aumentou mais de 100 vezes em algumas categorias em relação ao ano passado”, complementou.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.