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Política Nacional

Bolsonaro reclama de salário de R$ 33 mil e diz que esquecia da esposa

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Jair Bolsonaro (PL)
Alan Santos/PR – 28/06/2019

Jair Bolsonaro (PL)

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reclamou, durante palestra na New Hope Church em Orlando, nos Estados Unido s, do salário de R$ 33 mil e da falta de tempo para ficar com a esposa, Michelle Bolsonaro.

O ex-mandatário estava falando sobre a dificuldade de montar um ministério quando mencionou o salário do presidente da República.

“Primeiro, tem que ver se a pessoa está qualificada para aquilo. Depois, se ela aceita. Porque ser ministro não é tão gratificante assim, não, quando se fala de salário. Alguém sabe quanto foi o meu salário bruto em dezembro do ano passado? R$ 33 mil. Dá aí US$ 6 mil. Compensa? Você não vai para lá (Presidência) para ser recompensado financeiramente. Mas para ministro, salário é igual”, disse Bolsonaro.

E acrescentou: “Vários partidos políticos ficam em cima de você porque querem indicação para eles. Como sempre foi no Brasil e está sendo agora. Se vocês compararem os meus ministros com os que me antecederam e o que estão no momento aí, a diferença é enorme. Tem alguns lá que pelo amor de Deus. Extrapolam. Eu vi, lá, a ministra do Esporte falando esses dias. Eu olhei assim (e parecia) aluna da Dilma. Entre outros ali, não tem como dar certo.”

No mesmo discurso, Bolsonaro chegou a afirmar que, por conta da rotina “nem lembrava que tinha esposa”.

“Por vezes, você nem lembra que tem esposa. Você chega em casa, ela tá dormindo ou quando ela sai, eu que estou dormindo, mas foi uma experiência que entendo como missão e se Ele assim entender, entendo que essa missão não acabou ainda”, disse o ex-presidente.

Salário de Bolsonaro em 2023

Jair Bolsonaro pode chegar a receber R$ 80 mil por mês neste ano de 2023 . O ex-presidente tem duas fontes asseguradas de remuneração e ainda pode receber um terceiro pagamento procedente de um cargo partidário. 

O primeiro salário garantido de Bolsonaro é proveniente do Exército. Por ser capitão reformado, o ex-mandatário recebe R$ 11.945,49 brutos por mês.

O ex-presidente também tem garantido R$ 30 mil reais. Esse valor é referente a aposentadoria pelo tempo em que foi deputado federal (1991–2019). O benefício foi concedido pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

Para totalizar os R$ 80 mil, Bolsonaro pode receber R$ 39,2 mil mensais por ser presidente de honra do Partido Liberal , o qual ele é filiado. O presidente da sigla, Valdemar Costa Neto, fez o convite após o ex-mandatário perder as eleições para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em outubro do ano passado.

Volta ao Brasil

O ex-presidente Jair Bolsonaro e a ex-primeira-dama viajaram para os Estados Unidos no dia 30 de dezembro. Ela retornou no dia 26 de janeiro e deixou o Aeroporto de Brasília acompanhada pelo segurança.

No dia 16 de fevereiro, Michelle Bolsonaro afirmou que o marido ainda não deve retornar ao Brasil, porque “precisa descansar mais” .

“Acho que ele precisa descansar mais, continuar por lá. Estou com ele há 15 anos e nunca o vi descansar”, disse Michelle.

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Fonte: IG Política

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Política Nacional

Lula demite Silvio Almeida após denúncias de assédio sexual

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu na noite desta sexta-feira (6) demitir o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, depois das denúncias de assédio sexual. 

“O presidente considera insustentável a manutenção do ministro no cargo considerando a natureza das acusações de assédio sexual”, informou a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em nota.

A Polícia Federal abriu investigação sobre o caso. A Comissão de Ética Pública da Presidência da República também abriu procedimento preliminar para esclarecer os fatos.

“O governo federal reitera seu compromisso com os Direitos Humanos e reafirma que nenhuma forma de violência contra as mulheres será tolerada”, completou a nota. 

Silvio Almeida estava à frente do ministério desde o início de janeiro de 2023. Advogado e professor universitário, ele se projetou como um dos mais importantes intelectuais brasileiros da atualidade ao publicar artigos e livros sobre direito, filosofia, economia política e, principalmente, relações raciais.

Seu livro Racismo Estrutural (2019) foi um dos dez mais vendidos em 2020 e muitos o consideram uma obra imprescindível para se compreender a forma como o racismo está instituído na estrutura social, política e econômica brasileira. Um dos fundadores do Instituto Luiz Gama, Almeida também foi relator, em 2021, da comissão de juristas que a Câmara dos Deputados criou para propor o aperfeiçoamento da legislação de combate ao racismo institucional.

Acusações

As denúncias contra o ministro Silvio Almeida foram tornadas públicas pelo portal de notícias Metrópoles na tarde desta quinta-feira (5) e posteriormente confirmadas pela organização Me Too. Sem revelar nomes ou outros detalhes, a entidade afirma que atendeu a mulheres que asseguram ter sido assediadas sexualmente por Almeida.

“Como ocorre frequentemente em casos de violência sexual envolvendo agressores em posições de poder, essas vítimas enfrentam dificuldades em obter apoio institucional para validação de suas denúncias. Diante disso, autorizaram a confirmação do caso para a imprensa”, explicou a Me Too, em nota.

Segundo o site Metrópoles, entre as supostas vítimas de Almeida estaria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que ainda não se pronunciou publicamente sobre o assunto.

Horas após as denúncias virem a público, Almeida foi chamado a prestar esclarecimentos ao controlador-geral da União, Vinícius Carvalho, e ao advogado-geral da União, Jorge Messias. A Comissão de Ética da Presidência da República decidiu abrir procedimento para apurar as denúncias. A Secretaria de Comunicação Social (Secom) informou, em nota, que “o governo federal reconhece a gravidade das denúncias” e que o caso está sendo tratado com o rigor e a celeridade que situações que envolvem possíveis violências contra as mulheres exigem”. A Polícia Federal (PF) informou hoje que vai investigar as denúncias.

Em nota divulgada pela manhã, o Ministério das Mulheres classificou como “graves” as denúncias contra o ministro e manifestou solidariedade a todas as mulheres “que diariamente quebram silêncios e denunciam situações de assédio e violência”. A pasta ainda reafirmou que nenhuma violência contra a mulher deve ser tolerada e destacou que toda denúncia desta natureza precisa ser investigada, “dando devido crédito à palavra das vítimas”.

Pouco depois, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, publicou em sua conta pessoal no Instagram uma foto sua de mãos dadas com Anielle Franco. “Minha solidariedade e apoio a você, minha amiga e colega de Esplanada, neste momento difícil”, escreveu Cida na publicação.

Fonte: EBC Política Nacional

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