Sessenta operações e ações que apuraram crimes como extorsão mediante sequestro, organização criminosa, roubo a instituições financeiras, crimes fazendários, corrupção na administração pública, tráfico de drogas e associação criminosa resultaram em 465 prisões realizadas pela Polícia Civil de Mato Grosso, no primeiro semestre deste ano.
O balanço é referente à atuação das unidades que compõem a Diretoria de Atividades Especiais da instituição e representa um aumento de 107% em prisões, seja em flagrantes ou por mandados judiciais, em relação ao mesmo período do ano anterior.
As operações, realizadas de janeiro a junho, resultaram ainda em apreensões de 102 veículos e de R$ 42,275 milhões entre dinheiro e valores e bens bloqueados e o arresto de 30 imóveis. Além disso, 47 armas de fogo e 1.219 munições de diversos calibres foram retiradas de circulação.
Uma carga de 49 toneladas de soja foi recuperada em uma investigação da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), que investiga crimes de roubo e furto de cargas no interior do estado. Outro destaque é a investigação sobre o ataque de um bando criminoso, ocorrido em abril na cidade de Confresa, na tentativa de roubar uma empresa de segurança de valores. Criminosos que deram apoio logístico à quadrilha foram presos durante operação da gerência em cidades do Pará e Tocantins.
No combate ao tráfico de drogas, o balanço operacional contabilizou a apreensão de 437 quilos de drogas como maconha e cocaína, além da Operação Cognato que cumpriu 99 mandados judiciais contra uma associação criminosa em municípios da fronteira de Mato Grosso.
Na área ambiental, a atuação especializada da Polícia Civil resultou em diversas operações de combate a ilícitos ocorridos em diversas regiões do estado e na apreensão total de 11,160 mil metros cúbicos de madeira extraídas ilegalmente. Investigações para apurar crimes de sonegação fiscal ocorridos contra o erário estadual resultaram em sete operações realizadas e na e recuperação de ativos e constituição de crédito tributário.
Pela delegacia especializada que investiga crimes de corrupção contra a administração pública, a Polícia Civil realizou cinco operações, a maioria delas já na segunda fase. O destaque é a Operação Espelho 2, que cumpriu ordens judiciais com o sequestro de 36 veículos, 20 imóveis e R$ 35 milhões em valores de investigados por fraudes e desvios de valores em contratos de prestação de serviços médicos em hospitais públicos.
Já a unidade que apura crimes informáticos recuperou mais de R$ 2,5 milhões tomados de vítimas de fraudes, furtos, extorsões e outros crimes praticados pela internet. O valor é proveniente das mais diferentes fraudes eletrônicas e representa 40% da quantia recuperada desde a criação da Delegacia de Repressão a Crimes Informáticos, em dezembro de 2020.
Gerência da Polícia Civil responsável por capturas de procurados pela Justiça, a Polinter cumpriu, apenas no primeiro semestre, 213 mandados de prisão de criminosos procurados em Mato Grosso e por outros estados da federação.
Para o diretor de Atividades Especiais da Polícia Civil, delegado Vitor Hugo Bruzulato, o resultado operacional reflete empenho e o compromisso da instituição em investigações robustas e qualificadas para responsabilização dos autores de ilícitos penais e descapitalização das organizações criminosas.
A equipe da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Rondonópolis prendeu, nesta segunda-feira (25.11), uma mulher investigada em três operações da Polícia Civil contra o tráfico de drogas e organização criminosa na região sul do Estado.
P.M.K., de 29 anos, foi localizada pela equipe policial em uma universidade privada de Rondonópolis, onde ela apresentaria o trabalho de conclusão do curso de direito. O mandado de prisão preventiva foi decretado pela 7a Vara Criminal de Cuiabá.
Conforme as investigações da Derf de Rondonópolis, a mulher integra uma organização criminosa e era responsável pelas finanças da associação formada para gerir o tráfico de drogas na região central da cidade.
Ela e o marido, W.H.L.R., que está detido na Penitenciária da Mata Grande, foram identificados como responsáveis pela distribuição de drogas em Rondonópolis e em outras cidades da região Sul de Mato Grosso. A investigada foi presa pela Derf anteriormente pelos crimes de tráfico e associação para o tráfico e integrar organização criminosa. P.M.K. foi investigada pela DHPP de Rondonópolis por tortura e homicídios praticados pela facção criminosa.
Operações policiais
P.M.K. é investigada pela Delegacia de Roubos e Furtos de Rondonópolis desde 2019. Ela foi alvo naquele ano da Operação Reditus, de combate à organização criminosa e associação para o tráfico de drogas. A Reditus foi deflagrada para cumprimento de 108 ordens judiciais, sendo 67 mandados de prisão preventiva e 41 de busca e apreensão domiciliar. Foram presos na ocasião 57 alvos nas cidades de Rondonópolis, Pedra Preta, Cuiabá (MT) e Amambai (MS).
Na Operação Rouge, também contra organização criminosa e associação para o tráfico, a investigada foi alvo de prisão. Deflagrada em novembro de 2020 pela Polícia Civil, a operação foi realizada para reprimir crimes praticados e desarticular uma facção criminosa na região. Foram efetuadas 14 prisões preventivas e 15 buscas contra os alvos investigados.
Já a Operação Nova Canaã, deflagrada há um ano, a Derf cumpriu 26 buscas e três prisões contra um grupo que tinha pontos de vendas de drogas em várias áreas da cidade, como no centro de Rondonópolis e no bairro Nova Canaã.
Em 2021, a Derf cumpriu buscas no endereço da investigada, que resultaram na apreensão de R$ 45.300 mil, provenientes do tráfico de drogas.