A polícia russa realizou uma operação nas instalações do chefe do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, em São Petersburgo, mostrou a TV da Rússia em transmissão ao vivo. As imagens divulgadas foram supostamente filmadas durante a entrada dos policiais no escritório de Prigozhin, em um de seus “palácios”.
A filmagem, transmitida pelo programa “60 Minutos”, do canal Rossiya-1, nessa quarta-feira (5), mostrava caixas cheias de rublos de altas quantias e maços de dólares em uma residência de luxo, com até mesmo um helicóptero — que supostamente pertence a ele —, além de um esconderijo de armas e uma coleção de perucas.
No local, também havia uma sala de tratamento médico equipada, barras de ouro e uma coleção de marretas, inclusive a ferramenta que ele disse ser o símbolo de vingança contra traidores.
A invasão à mansão de Prigozhin ocorreu, segundo a mídia local, horas após o presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, anunciar que o chefe do Wagner estava em território russo.
De acordo com Moscou, o acordo estabelece o seguinte: Prigozhin deve se exilar em Belarus, um país aliado da Rússia, deixando tanto a frente na Ucrânia quanto São Petersburgo, sua cidade natal.
Nenhum dos membros do grupo Wagner que participaram da rebelião será alvo de perseguição criminal. Os mercenários que não aderiram à revolta serão integrados ao Ministério da Defesa russo.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.