A ONU informou, nesta quarta-feira (5), que foram registradas mais de 27 mil violações contra crianças em áreas de conflito ao longo de 2022. Um relatório com os dados foi apresentado durante uma reunião do Conselho de Segurança.
De acordo com Virginia Gamba, secretária-geral da ONU para Crianças e Conflitos Armadas, são necessárias ações que visem a responsabilização das pessoas que realizam as violações, dado que muitas delas são feitas por forças armadas e forças de segurança de governos.
O documento levantou informações que apontam que 18 mil crianças sofreram graves violações no ano passado, sendo que 8,6 mil sofreram mutilação, 7,6 mil foram recrutadas para grupos de combate e 3,9 mil foram sequestradas.
Também foram revelados dados relacionados a violações sexuais dos jovens nas áreas de conflito. Mais de mil meninas foram agredidas sexualmente, forçadas a casar, escravizadas sexualmente ou estupradas.
Foram analisadas 26 situações em cinco diferentes regiões do mundo para a elaboração do relatório. Etiópia, Moçambique e Ucrânia foram países listados pela primeira vez no documento.
Diante dos dados apresentados, tanto Virginia como Omar Abdi, vice-diretor executivo da Unicef, criticou a falta de ações do Conselho de Segurança, dado que o número de crianças que necessitam de auxílio cresce paralelamente à escalada dos conflitos ao redor do mundo.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.