Os Estados Unidos anunciaram nesta quinta-feira (23) que vão impor “novas duras sanções” contra a Rússia, um ano após o regime de Vladimir Putin invadir o território ucraniano.
A informação foi confirmada pela porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, em coletiva de imprensa. “Os Estados Unidos implementarão sanções de amplo alcance contra setores-chave que geram receitas para Putin”, declarou ela.
Além disso, Jean-Pierre reforçou que “até agora a China não forneceu armas à Rússia”, mas o governo norte-americano continua “monitorando a situação”.
“Não viaje para a Rússia devido às consequências imprevisíveis da invasão em grande escala não provocada da Ucrânia pelas forças militares russas, o potencial de assédio e a seleção de cidadãos americanos para detenção por oficiais de segurança do governo russo e aplicação arbitrária da lei local”, diz o comunicado.
De acordo com a embaixada dos EUA em Moscou, os russos podem se recusar a reconhecer a cidadania americana de pessoas com dupla nacionalidade, além de negar seu acesso à assistência consular dos EUA.
“Esta é mais uma provocação americana para que os cidadãos dos EUA se abstenham de visitar a Rússia ou a Bielo-Rússia, ou, vice-versa, ou saiam se já estiverem lá”, disse Maria Zakharova, porta-voz do ministério russo.
Ela completou enfatizando que as ameaças de prisão e assédio às quais os norte-americanos se referiram são, na verdade, “tratamentos discriminatórios” que os Estados Unidos têm em relação aos cidadãos russos.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.