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BRASIL

Desalojados no litoral paulista vão receber 20 toneladas de doações

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As famílias desalojadas pelos temporais que atingiram o litoral norte de São Paulo (SP) no último fim de semana vão receber dos Correios cerca de 20 toneladas de doações.

Os itens são objetos postais classificados pela estatal como de refugo, quando passaram por seguidas tentativas de entrega aos destinatários, sem sucesso, e não foram procurados pelos remetentes, nem pelos destinatários em até 90 dias, conforme prazo de reclamação previsto no Código de Defesa do Consumidor.

Ao todo, são 20.957 itens de refugo como materiais escolares e de escritório, vestuários infantis e utensílios para casa. Eles estão sendo triados pelos empregados dos Correios e vão ser entregues aos órgãos de Defesa Civil e a prefeituras da região, ainda nesta semana, para serem distribuídos gratuitamente às vítimas das fortes chuvas.

São Paulo (SP) - Doações dos Correios a famílias vítimas da chuvas, em SP - Correios doam Presidente dos Correios, Fabiano Silva, acompanha saída das primeiras doações de refugo, na sede da empresa, em SP. Foto: Correios/Divulgação São Paulo (SP) - Doações dos Correios a famílias vítimas da chuvas, em SP - Correios doam Presidente dos Correios, Fabiano Silva, acompanha saída das primeiras doações de refugo, na sede da empresa, em SP. Foto: Correios/Divulgação

Presidente dos Correios, Fabiano Silva, acompanha saída das primeiras doações de refugo, na sede da empresa, em SP – Correios/Divulgação

Na manhã desta quinta-feira (23), 40 contêineres desmontáveis saíram da capital paulista com destino ao litoral norte paulista e a previsão é de serem entregues até o fim da tarde de hoje (23). O transporte é feito por linhas especiais e a Assessoria de Imprensa dos Correios garante que “não acarretam impacto no serviço de distribuição regular de cartas e encomendas da estatal”.

O presidente dos Correios, Fabiano Silva, acompanhou a entrega das primeiras doações de refugo, na sede da empresa em São Paulo, e destacou a relevância da entrega: “Essa uma ação muito importante que os Correios agora desempenham de auxílio às vítimas desta terrível calamidade que acometeu o litoral de são Paulo.”

Solidariedade

Além das doações de itens de refugo, as agências dos Correios, no estado de São Paulo, estão à disposição das autoridades federais, estaduais e municipais para coletar e transportar donativos aos afetados pelas chuvas.

De acordo com os Correios, a empresa já realiza a ação “Correios Solidariedade Expressa”. A iniciativa, em âmbito nacional, transporta gratuitamente donativos às vítimas de regiões em situação de emergência ou calamidade pública, oficialmente decretadas, em qualquer dia da semana e horário.

O presidente Fabiano Silva falou sobre a responsabilidade social da instituição. “Com o seu papel de integrador nacional, os Correios conseguem chegar em qualquer lugar do país. Acima de tudo, sempre estarão à disposição da população brasileira para ajudar em situações como essa. Então, a ação mostra o caráter solidário e a função social que a instituição desempenha no país”.

Crédito das fotos: Divulgação/Correios

Informações para legenda da foto:

1) contêineres na sede dos Correios de São Paulo com itens de refugo doados a famílias desalojadas pelas chuvas no litoral norte paulista.

2) presidente dos Correios, Fabiano Silva, acompanha saída das primeiras doações de refugo, na sede da empresa, em SP.

Edição: Maria Claudia

Fonte: EBC Geral

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BRASIL

PF cumpre mandado em Cuiabá sobre venda de sentença no Judiciário

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Por Fabio Serapião

Da folhapress Brasilia

A Polícia Federal cumpre, na manhã desta quinta (24), mandados de busca e apreensão em uma investigação sobre venda de sentenças que envolve cinco desembargadores do Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul.

Cinco desembargadores foram afastados dos cargos. Além das buscas, também há medidas como proibição de acesso às dependências de órgão público, vedação de comunicação entre investigados e uso de tornozeleira eletrônica.

Um mandado de busca e apreensão foi cumprido, na manhã desta quinta-feira (24), em um condomínio de luxo em Cuiabá,

O alvo seria um lobista e as investigações apontam para a ligação com morte do advogado Roberto Zampieri.

A ação foi batizada de Ultima Ratio e investiga os crimes de corrupção em vendas de decisões judiciais, lavagem de dinheiro, organização criminosa, extorsão e falsificação de escrituras públicas no Poder Judiciário.

Os mandados de busca foram expedidos pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) e são cumpridos por cerca de 200 policiais federais em Campo Grande (MS), Brasília (DF), São Paulo (SP) e Cuiabá.

A investigação sobre a comercialização de sentença teve apoio da Receita e é um desdobramento da operação Mineração de Ouro, deflagrada pela PF em 2021.

Na primeira fase, a investigação tinha como foco a suposta participação de integrantes do Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul em uma organização criminosa.

O nome da operação teve como origem a descoberta de que a aquisição de direitos de exploração de mineração em determinadas áreas eram utilizadas para lavagem de dinheiro proveniente do esquema.

Esse não é o único caso relacionado a venda de sentença judicial em investigação no âmbito do STJ.

Um ministro do próprio tribunal está na mira da PF sob suspeita de venda de sentença.

CASO ZAMPIERI – As investigações que chegaram às suspeitas sobre o STJ se iniciaram após o homicídio de um advogado em dezembro do ano passado, em Mato Grosso.

O caso levou ao afastamento de dois desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça).

O advogado Roberto Zampieri foi assassinado com dez tiros em dezembro passado.

Na ocasião, ele estava dentro do carro, em frente ao seu escritório em Cuiabá.

Em seu celular, havia mensagens que levantaram suspeitas de vendas de decisões por gabinetes de quatro ministros do STJ.

As investigações iniciais apontavam como uma das motivações processos de disputas de terras que tramitam no Tribunal de Justiça de Mato Grosso.

Outro caso de venda de sentenças ainda em andamento é no Tribunal de Justiça da Bahia.

Lá, a operação Faroeste se transformou no maior caso de venda de decisões judiciais do Brasil.

Nos últimos meses, duas desembargadores baianas se tornaram rés (uma delas pela segunda vez) no âmbito da operação, juízes do sul do estado foram afastados sob suspeita de irregularidades em questão fundiária e um magistrado da região oeste disse sofrer ameaças por julgar casos relacionados a grilagem.

No início de julho passado, a Corregedoria Nacional de Justiça decidiu fazer uma investigação diante de nova suspeita de irregularidades no tribunal, com convocação de testemunhas e análise de equipamentos eletrônicos.

Ao mesmo tempo, o corregedor nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, determinou uma apuração profunda sobre o tribunal, em decorrência de “gravíssimos achados”.

Entre eles, estão problemas na vara de Salvador encarregada de analisar casos de lavagem de dinheiro e organização criminosa. Há relatos de atrasos dos juízes em audiências, ineficiência e servidores da vara com temor de represálias de magistrados.

Cuiabá é uma das cidades alvo da Operação Ultima Ratio, que investiga supostos crimes de vendas de sentença, lavagem de dinheiro, organização criminosa, extorsão e falsificação de escrituras públicas no Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul. A ação foi deflagrada nesta quinta-feira (24), no estado vizinho.

Segundo a PF, são cumpridos 44 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça em Campo Grande (MS), Brasília (DF), São Paulo (SP) e Cuiabá.

A ação teve o apoio da Receita Federal e é um desdobramento da Operação Mineração de Ouro, deflagrada em 2021, na qual foram apreendidos materiais com indícios da prática dos referidos crimes.

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou o afastamento do exercício das funções públicas de servidores, a proibição de acesso às dependências de órgão público, a vedação de comunicação com pessoas investigadas e a colocação de equipamento de monitoramento eletrônico.

 

 

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