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Economia

Desemprego cai para 8,3% em maio, menor patamar desde 2015

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Desemprego recua a 8,3% no trimestre encerrado em maio, mesmo nível de 2015
MARCELLO CASAL JR./AGÊNCIA BRASIL

Desemprego recua a 8,3% no trimestre encerrado em maio, mesmo nível de 2015

A taxa de desocupação foi 8,3% no trimestre encerrado em maio de 2023, mostrando recuo de 0,3 ponto percentual (p.p) em relação ao trimestre anterior, de dezembro de 2022 a fevereiro de 2023. É a menor taxa para um trimestre encerrado em maio desde 2015, quando também ficou em 8,3%. Já em comparação com o mesmo período de 2022, a taxa de desocupação caiu 1,5 p.p. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta sexta-feira (30) pelo IBGE.

“Esse recuo no trimestre foi mais influenciado pela queda do número de pessoas procurando trabalho do que por aumento expressivo de trabalhadores. Foi a menor pressão no mercado de trabalho que provocou a redução na taxa de desocupação”, explica Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílio.

A população desocupada ficou em 8,9 milhões de pessoas, uma queda de 3,0% em relação ao trimestre anterior e de -15,9% se comparado ao mesmo período de 2022. Já o número de pessoas ocupadas, de 98,4 milhões, ficou estável na comparação trimestral e cresceu 0,9% no ano.

O contingente de pessoas ocupadas (98,4 milhões) ficou estável ante o trimestre anterior e cresceu 0,9% (mais 884 mil pessoas) ante o mesmo trimestre do ano anterior.

“Embora não tenha havido uma expansão significativa da população ocupada total no trimestre, houve algumas diferenças pontuais em algumas atividades econômicas. A maioria ficou estável, mas foi observada queda do número de trabalhadores na Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (-1,9%, ou menos 158 mil pessoas) e expansão Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (2,5%, ou mais 429 mil pessoas)”, destaca Beringuy.

“No caso do grupamento de Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, o crescimento foi impulsionado pelo segmento de Educação e por meio da inserção de empregados sem carteira de trabalho assinada”, detalha a coordenadora.

Já no panorama anual, houve altas em Transporte, armazenagem e correio (4,2%, ou mais 216 mil pessoas), Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas (3,8%, ou mais 440 mil pessoas) e Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (4,5%, ou mais 764 mil pessoas) e reduções redução nos grupamentos de Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (-6,2%, ou menos 542 mil pessoas) e Construção (-3,7%, ou menos 274 mil pessoas).

Em maio, cresce o número de empregados no setor público

Os resultados da PNAD Contínua para maio também mostraram que apenas o contingente de empregados no setor público (12,1 milhões de pessoas) cresceu na comparação trimestral, aumentando em 2,8%. No trimestre, a expansão foi de 3,9%. O aumento foi puxado pelos trabalhadores sem carteira no setor, que cresceram 14,1% no trimestre e 17,3% no ano.

O número de empregados sem carteira assinada no setor privado manteve-se estável tanto na comparação trimestral quanto na anual, ficando em 12,9 milhões de pessoas. Já o contingente de trabalhadores com carteira foi de 36,8 milhões, ficando estável no trimestre, mas com aumento de 3,5% (mais 1,83 milhão de pessoas) no ano.

O contingente de trabalhadores por conta própria (25,2 milhões) também ficou estável e a taxa de informalidade foi de 38,9% da população ocupada, totalizando 38,3 milhões de trabalhadores informais. No trimestre anterior também havia sido de 38,9% e, no mesmo trimestre de 2022, 40,1%.

Subutilização e desalento caem nas duas comparações

A taxa composta de subutilização (18,2%) caiu nas duas comparações: 0,7 p.p. no trimestre e 3,7 p.p. no ano, totalizando 20,7 milhões de pessoas subutilizadas.

Observou-se, ainda, queda na população desalentada, que ficou em 3,7 milhões de pessoas. Frente ao trimestre anterior, a redução foi de 6,2% (menos 244 mil pessoas) e, na comparação anual, de 14,3% (menos 621 mil pessoas). Com isso, também caiu o percentual de desalentados (3,4%) na força de trabalho: 0,2 p.p. no trimestre e 0,5 p.p. no ano.

A população fora da força de trabalho ficou em 67,1 milhões de pessoas, um aumento de 0,6% na comparação trimestral, o que representa 382 mil pessoas a mais. Na comparação anual, o crescimento foi de 3,6%, um aumento de 2,3 milhões de pessoas.

Segundo Beringuy, “a crescente parcela da população em idade de trabalhar indo para fora da força de trabalho não sinaliza expansão do contingente de desalentados, uma vez que esse grupo vem registrando queda desde 2021.”

Rendimento fica estável em maio

Em relação ao rendimento real habitual (R$ 2.901), houve estabilidade frente ao trimestre anterior e crescimento de 6,6% no ano. A massa de rendimento real habitual (R$ 280,9 bilhões) também ficou estável frente ao trimestre anterior, mas cresceu 7,9% na comparação anual.

Por atividade econômicas, o cenário foi de estabilidade no trimestre, mas, entre as categorias do emprego, houve expansão no rendimento dos trabalhadores domésticos com carteira (2,9%) e queda no rendimento do setor público (-1,7%).

“O aumento do contingente de trabalhadores do setor público não se refletiu em aumento de rendimento. Provavelmente, isso se deu em função de maior participação de trabalhadores sem carteira no setor e tendência de queda do rendimento mesmo entre os empregados com carteira assinada”, observa a coordenadora.

Fonte: Economia

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Economia

Brasileiros ainda não sacaram R$ 8,56 bi de valores a receber

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Os brasileiros ainda não sacaram R$ 8,56 bilhões em recursos esquecidos no sistema financeiro até o fim de julho, divulgou nesta sexta-feira (6) o Banco Central (BC). Até agora, o Sistema de Valores a Receber (SVR) devolveu R$ 7,67 bilhões, de um total de R$ 16,23 bilhões postos à disposição pelas instituições financeiras.

As estatísticas do SVR são divulgadas com dois meses de defasagem. Em relação ao número de beneficiários, até o fim de julho, 22.201.251 correntistas haviam resgatado valores. Apesar de a marca ter ultrapassado os 22 milhões, isso representa apenas 32,8% do total de 67.691.066 correntistas incluídos na lista desde o início do programa, em fevereiro de 2022.

Entre os que já retiraram valores, 20.607.621 são pessoas físicas e 1.593.630, pessoas jurídicas. Entre os que ainda não fizeram o resgate, 41.878.403 são pessoas físicas e 3.611.412, pessoas jurídicas.

A maior parte das pessoas e empresas que ainda não fizeram o saque tem direito a pequenas quantias. Os valores a receber de até R$ 10 concentram 63,01% dos beneficiários. Os valores entre R$ 10,01 e R$ 100 correspondem a 25,32% dos correntistas. As quantias entre R$ 100,01 e R$ 1 mil representam 9,88% dos clientes. Só 1,78% tem direito a receber mais de R$ 1 mil.

Depois de ficar fora do ar por quase um ano, o SVR foi reaberto em março de 2023, com novas fontes de recursos, um novo sistema de agendamento e a possibilidade de resgate de valores de pessoas falecidas. Em julho, foram retirados R$ 280 milhões, alta em relação ao mês anterior, quando tinham sido resgatados R$ 270 milhões.

Melhorias

A atual fase do SVR tem novidades importantes, como impressão de telas e de protocolos de solicitação para compartilhamento no WhatsApp e inclusão de todos os tipos de valores previstos na norma do SVR. Também haverá uma sala de espera virtual, que permite que todos os usuários façam a consulta no mesmo dia, sem a necessidade de um cronograma por ano de nascimento ou de fundação da empresa.

Além dessas melhorias, há a possibilidade de consulta a valores de pessoa falecida, com acesso para herdeiro, testamentário, inventariante ou representante legal. Assim como nas consultas a pessoas vivas, o sistema informa a instituição responsável pelo valor e a faixa de valor. Também há mais transparência para quem tem conta conjunta. Se um dos titulares pedir o resgate de um valor esquecido, o outro, ao entrar no sistema, conseguirá ver as informações: como valor, data e CPF de quem fez o pedido.

Expansão

Desde a última terça-feira (3), o BC permite que empresas encerradas consultem valores no SVR. O resgate, no entanto, não pode ser feito pelo sistema, com o representante legal da empresa encerrada enviando a documentação necessária para a instituição financeira.

Como a empresa com CNPJ inativo não tem certificado digital, o acesso não era possível antes. Isso porque as consultas ao SVR são feitas exclusivamente por meio da conta Gov.br.

Agora o representante legal pode entrar no SVR com a conta pessoal Gov.br (do tipo ouro ou prata) e assinar um termo de responsabilidade para consultar os valores. A solução aplicada é semelhante ao acesso para a consulta de valores de pessoas falecidas.

Fontes de recursos

No ano passado, foram incluídas fontes de recursos esquecidos que não estavam nos lotes do ano passado. Foram acrescentadas contas de pagamento pré ou pós-paga encerradas, contas de registro mantidas por corretoras e distribuidoras encerradas e outros recursos disponíveis nas instituições para devolução.

Além dessas fontes, o SVR engloba os seguintes valores, já disponíveis para saques no ano passado. Eles são os seguintes: contas-corrente ou poupança encerradas; cotas de capital e rateio de sobras líquidas de ex-participantes de cooperativas de crédito; recursos não procurados de grupos de consórcio encerrados; tarifas cobradas indevidamente; e parcelas ou despesas de operações de crédito cobradas indevidamente.

Golpes

O Banco Central aconselha o correntista a ter cuidado com golpes de estelionatários que alegam fazer a intermediação para supostos resgates de valores esquecidos. O órgão ressalta que todos os serviços do Valores a Receber são totalmente gratuitos, que não envia links nem entra em contato para tratar sobre valores a receber ou para confirmar dados pessoais.

O BC também esclarece que apenas a instituição financeira que aparece na consulta do Sistema de Valores a Receber pode contatar o cidadão. O órgão também pede que nenhum cidadão forneça senhas e esclarece que ninguém está autorizado a fazer tal tipo de pedido.

Fonte: EBC Economia

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