Durante interrogatório em vídeo, rapaz preso no início deste mês por suspeita de associação criminosa e armazenamento e divulgação de pornografia infantil na internet disse ser estudante de direito e receber até R$ 7 mil por mês trabalhando como desenvolvedor de games para empresa do Reino Unido .
Nas imagens, Vitor Hugo Souza Rocha, conhecido pelo nome “Verdadeiro Vitor”, conta sobre o momento da prisão. Ele foi preso em flagrante pela Polícia Civil de São Paulo na madrugada do dia 7 de junho em sua residência em Bauru (SP) . Ao ser perguntado sobre os crimes, o rapaz de 21 anos se recusou a responder e começou a chorar.
No material apreendido pela polícia, o jovem aparece rindo em um vídeo enquanto mostra a outros rapazes um arquivo nomeado como “backup vagabundas estupráveis”. O vídeo foi veiculado na plataforma Discord, aplicativo usado para chamadas de vídeo e conversas sobre jogos.
Na pasta estavam imagens de jovens menores de idade nuas. Algumas delas foram estupradas por membros do grupo no Discord, e eram obrigadas a gravar vídeos e tirar fotos sem roupas, além de serem forçadas a cometer mutilações em todo o corpo.
Outros três rapazes foram presos temporariamente na semana passada e estão respondendo pelos crimes de estupro de vulnerável, ameaça contra menores, associação criminosa e armazenamento e divulgação de pornografia infantil.
De acordo com a investigação, os quatro suspeitos pertenciam ao mesmo grupo e elaboravam as ameaças em conjunto.
Nota do Discord
Em nota, a plataforma informou que não tolera atividades prejudiciais à sociedade e que removeu 98% das comunidades identificadas nos últimos seis meses por mostrar material com abuso de crianças no Brasil. Confira o comunicado na íntegra:
“O Discord é amplamente utilizado pelas pessoas para ter interações positivas e encontrar pertencimento online. No Brasil, 99.9% das comunidades do Discord nunca violaram nossas políticas. Temos uma política de tolerância zero para atividades em nossa plataforma que sejam potencialmente prejudiciais à sociedade e estamos comprometidos em garantir que seja um lugar positivo e seguro para todos.
Por meio de nossos esforços em combater as ameaças à segurança infantil, nós proativamente removemos 98% das comunidades que identificamos nos últimos seis meses por mostrar material com abuso de crianças no Brasil.
Atualmente, mais de 15% de nossa equipe está focada no tema de segurança – isso significa que temos mais funcionários trabalhando em segurança do que em marketing. Isso mostra como o tema é prioritário para nós para termos uma plataforma segura para os usuários.
Temos cuidado especial com os usuários brasileiros e estamos ativamente buscando parcerias no Brasil com pessoas e entidades especializadas em temas de segurança infantil”.
Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.
A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.
“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.
A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.
“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.
A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.