Connect with us

MATO GROSSO

Réus são condenados por assassinato de jornalista em Peixoto de Azevedo

Publicado

em

O Conselho de Sentença do Tribunal do Júri de Peixoto de Azevedo (a 691km de Cuiabá) acatou a tese do Ministério Público de Mato Grosso e condenou, na sexta-feira (23), Felipe Aguiar da Costa e Vinícius Carlos dos Santos pelo assassinato do jornalista Ediney Menezes. O crime aconteceu em novembro de 2020, quando a vítima foi morta dentro do carro com tiros de arma de fogo, disparados pela dupla em uma motocicleta. Toda a execução foi flagrada por câmeras de monitoramento de comércios nas imediações. 

Felipe, que era réu primário e foi o autor dos disparos, recebeu a pena de 12 anos de reclusão em regime fechado. Vinícius Carlos, que possuía antecedentes criminais e pilotava a moto, foi condenado a 15 anos e nove meses de reclusão em regime fechado. Eles não poderão recorrer da sentença em liberdade. A dupla também foi condenada ao pagamento de R$ 5 mil cada um para os familiares da vítima, a título de danos morais, para ao menos suprir os custos do funeral, bem como ao pagamento das custas e despesas processuais.  

Conforme a denúncia do MPMT, a vítima transitava pelas ruas da cidade logo após a divulgação do resultado das eleições municipais de 2020, junto a simpatizantes dos candidatos vitoriosos. Durante o percurso, ela foi seguida por Valdiran de Oliveira Brito em uma moto, que repassava as informações sobre a sua localização para Felipe e Vinícius Carlos. Ao parar o carro, Ediney Menezes foi atingido por tiros. Os executores fugiram do local. Os três foram denunciados pelo homicídio, porém, Valdiran faleceu durante a instrução processual.  

De acordo com a 1ª Promotoria de Justiça Criminal de Peixoto de Azevedo, o crime foi cometido por motivo fútil, em razão de uma rixa existente entre Felipe e Vinícius com a vítima, e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, pois foi surpreendida enquanto mexia em seu aparelho celular, estava desarmada e foi atingida na cabeça por diversos disparos de arma de fogo.

Atuou no júri o promotor de Justiça Marlon Pereira Rodrigues. 

Foto: Sistema de Videomonitoramento.
 

Fonte: Ministério Público MT – MT

Continue Lendo

MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

Publicado

em

Por

A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

Continue Lendo
WhatsApp Image 2024-03-04 at 16.36.06
queiroz

Publicidade

Câmara de Vereadores de Porto Esperidião elege Mesa Diretora