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MUNDO

Lula questiona papel de organizações internacionais em conflitos

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva avaliou, em coletiva de imprensa neste sábado (24), em Paris, que o modelo da Cúpula sobre o Novo Pacto Global de Financiamento, assim como outras organizações mundiais, precisa de revisão. “As instituições estão falidas”, afirmou. O Brasil participou do encerramento do encontro, na sexta-feira (23), na capital francesa. O brasileiro cumpriu agenda na Itália e na França nesta semana e volta hoje para o Brasil. 

“As instituições, que foram criadas após a Segunda Guerra Mundial, já não representam mais aquilo para o qual elas foram criadas. O Banco Mundial já não representa mais, o FMI [Fundo Monetário Internacional] já não representa mais e a própria ONU [Organização das Nações Unidas] já não representa mais. A ONU, quando foi criada, teve força de criar o estado de Israel, hoje ela não tem força para manter a demarcação de terra dos palestinos”, apontou. 

Lula lamentou ainda que as guerras sejam pensadas e determinadas por membros do Conselho permanente da ONU. “Quando os Estados Unidos invadiram o Iraque não consultaram ninguém, quando o Sarkozy [ex-presidente da França] e a Inglaterra invadiram a Líbia não consultaram ninguém, e quando Putin invadiu a Ucrânia, era membro também, e não consultou ninguém. Então significa que as instituições estão falidas. O mundo de 2023 precisa de outras instituições mais fortes, mais representativas e com maior participação”.

Guerra da Ucrânia 

Quanto às críticas do jornal francês Libération à posição de Lula em relação à guerra na Ucrânia, ele afirmou que a distância do local da guerra o leva a ter outra visão. “Não levarei Macron a pensar como eu porque ele está próximo do campo de batalha, e eu tenho um Oceano Atlântico de diferença. Não fico chateado quando um europeu pensa diferente de mim. É muito normal que estejam muito mais nervosos porque estão vivenciando a guerra, vendo as consequências e com preocupação do que vai acontecer”, ponderou. 

O presidente disse ainda que espera o fim da guerra e a paz. “O meu pensamento é simples, sou contra a guerra, quero é paz, nós condenamos a invasão da Rússia ao território da Ucrânia, mas isto não implica que vou ficar fomentando a guerra. Acontece que a paz só vai acontecer quando os dois combatentes chegarem a uma conclusão, então eu vou esperar esse momento em que os países vão precisar de interlocutores com muita responsabilidade para tentar negociar, e o Brasil está participando”, acrescentou. 

Lula destacou que o assessor especial para assuntos internacionais Celso Amorim está em Copenhague “Ele está em reunião de vários países para tentar estabelecer discussões sobre a paz. Esse é o meu pensamento há mais de um ano, eu sou pela paz e não pela guerra”.  

Ele não quis comentar as informações do anúncio de uma rebelião armada realizada por um mercenário russo contra o exército de Putin. “Não sei o tamanho da rebelião, não posso comentar uma coisa que não li, que não conheço. Seria precipitado da minha parte fazer juízo de valores do assunto. Pretendo não falar de uma coisa tão sensível sem ter as informações necessárias”.  
 

Fonte: EBC Internacional

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MUNDO

Putin confirma encontro com Xi Jinping na Rússia em outubro

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Foto da agência russa Sputnik mostra o presidente russo Vladimir Putin e o homólogo chinês Xi Jinping em Astana, em 3 de julho
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Foto da agência russa Sputnik mostra o presidente russo Vladimir Putin e o homólogo chinês Xi Jinping em Astana, em 3 de julho


O presidente da Rússia, Vladimir Putin,  confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.

O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.

De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.

Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.

“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.

O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.

A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.

Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.

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Fonte: Internacional

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