A declaração foi dada pelo chanceler ucraniano ao apresentar à Assembleia Geral da ONU a resolução por uma paz justa em seu país.
“O princípio da integridade territorial não pode ser comprometido. Com o apoio do mundo, a Ucrânia pode restaurar este princípio”, declarou.
Segundo Kuleba, “nunca na história recente a linha entre o bem e o mal foi tão clara”. “Sabemos pelo que lutamos, defendemos nossa terra e nosso lar. Este é o momento de mostrar que você é pela Carta da ONU”.
Guterres chama marco de 1 ano de guerra de “triste marco”
A invasão russa à Ucrânia, que já deixou dezenas de milhares de mortos, completa um ano na próxima sexta-feira (24). O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse, inclusive, que a ofensiva é uma “afronta à consciência coletiva”.
“A marca de um ano desde a invasão russa da Ucrânia é um triste marco. A invasão é uma afronta à nossa consciência coletiva, uma violação da Carta da ONU e do direito internacional. O ataque russo desafia os princípios e valores fundamentais do nosso sistema multilateral”, declarou o diplomata português.
“Hoje as perspectivas podem parecer sombrias, mas uma paz duradoura deve ser baseada na Carta da ONU. Quanto mais tempo durar a luta, mais difícil será este trabalho”, concluiu Guterres.
Embaixador russo fala em defesa do povo de Donbass
Já o embaixador russo na ONU, Vassily Nebenzia, aproveitou a Assembleia Geral para afirmar que invasão à Ucrânia foi a única “opção para defender o povo de Donbass”.
“Não tínhamos outra opção para defender o povo de Donbass”, afirmou o diplomata russo.
Segundo ele, “acreditar nas alegações contra a Rússia de ações não provocadas contra a Ucrânia só é possível ignorando os oito anos anteriores em que o regime nacionalista criminoso chegou a Kiev apoiado pelo Ocidente”.
“Iniciar a história em 2022 é uma ação intencional do Ocidente para confundir as pessoas”, acrescentou.
Para Nebenzia, “o projeto de resolução proposto na Assembleia Geral não ajudará a resolver o conflito”.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.