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MATO GROSSO

Projeto entrega insumos para implantação de hortas nas escolas

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Vinte e nove unidades de ensino de Mato Grosso serão contempladas com hortas do projeto Cibus – Você tem fome de que?, desenvolvido pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso. O MPMT já começou a realizar a  distribuição dos insumos necessários para o plantio e manejo das hortaliças. Estão sendo entregues baldes, bandeja de germinação, luvas de borracha, pás, regadores, tesoura de poda, rastelo, mangueira, carrinho de mão, substrato de plantio, sementes, calcário, entre outros itens.

Em São Félix do Araguaia, município distante 1.029 km de Cuiabá, professores e alunos da Escola Estadual Professora Hilda Rocha Souza acompanharam o ato de entrega dos materiais. O promotor de Justiça substituto, Fabrício Miranda Mereb, destacou a importância do projeto.

“O projeto Cibus é um marco para o Ministério Público e comunidade. Vamos começar a produzir o nosso alimento de uma forma diferente, de uma forma integral, trazendo os alunos para dentro das hortas e contribuindo para que eles entendam como funciona o trabalho, que é recompensador e traz muitos benefícios”, afirmou o promotor de Justiça substituto.

As escolas contempladas com o Cibus estão localizadas nos municípios de São Félix do Araguaia, Tapurah, Alto Garças, Apiacás, Barão de Melgaço, Vila Bela da Santíssima Trindade, Colniza e Sorriso.

Idealizado pelo Centro de Apoio Operacional de Defesa dos Direitos Humanos e Segurança Alimentar, o projeto prevê várias ações com intuito de fomentar a implementação de mecanismos que visam garantir o efetivo acesso à alimentação adequada e de qualidade à população.

Entre as medidas previstas, estão a articulação com o Estado para a efetivação da Política de Segurança Alimentar, implantação de hortas nas instituições de ensino da rede pública de educação, como forma de incentivar a produção e o consumo de alimentos de qualidade, produção de vídeo educativo para alunos da rede pública de ensino, entre outras.

Fonte: MP MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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