O ministro da Justiça e Segurança Pública , Flávio Dino (PSB-MA), detonou a política armamentista defendida pelo governo Jair Bolsonaro . O ex-governador do Maranhão afirmou que a chacina de sete pessoas por uma aposta de sinuca em Sinop ( MT ) é mais uma tragédia por conta do incentivo feito pelo ex-presidente.
“Mais sete homicídios brutais. Mais um resultado trágico da irresponsável política armamentista que levou à proliferação de ‘clubes de tiro’, supostamente destinados a ‘pessoas de bem’ (como alega a extrema-direita)”, comentou Dino.
Sete pessoas foram vítimas de uma chacina em um bar de Sinop (MT) na última terça-feira (21). A violência assustou a população da cidade e muitas perguntas começaram a serem feitas sobre o caso. A Polícia Civil já identificou as vítimas e os responsáveis pelos assassinatos.
Segundo as autoridades, o suspeito Edgar combinou de jogar sinuca, com aposta de dinheiro, com a vítima Getúlio. Na manhã de ontem, os dois fizeram as apostas e o possível assassino perdeu R$ 4 mil, retornando para sua casa.
Getúlio seguiu no local co ma esposa e a filha, onde almoçaram e conversaram com amigos. Pouco tempo depois, Edgar voltou, mas com a companhia de Ezequias. A dupla desafiou a vítima para uma nova partida.
Eles jogaram e não houve qualquer confusão, segundo testemunhas. A dupla sofreu nova derrota na sinuca e Edgar não se conformou, tanto que jogou o taco na mesa, fez um sinal para Ezequias e rendeu todas as pessoas que estavam no bar.
Ezequias pegou uma espingarda no carro, voltou para o bar e deu um tiro em Bruno, proprietário do local. Na sequência, o rapaz acertou Getúlio nas costas e depois disparou duas vezes na cabeça da vítima.
Edgar disparou nas outras vítimas. Três pessoas conseguem correr, mas duas também foram baleadas e morreram. A terceira fugiu.
Depois do crime, os homens pegaram o dinheiro que estava na mesa de sinuca, roubaram objetos do bar e fugiram em uma caminhonete estacionada em frente ao estabelecimento. Eles estão foragidos.
Quem são as vítimas?
– Getúlio Rodrigues Frasão Júnior, de 36 anos. Ele era pai de Larissa e marido de Raquel Gomes de Almeida, uma das sobreviventes da chacina;
– Larissa Frasao de Almeida, de 12 anos. Filha de Getúlio e de Raquel Gomes de Almeida;
– Maciel Bruno de Andrade Costa, de 35 anos. Dono do bar;
– Orisberto Pereira Sousa, de 38 anos. Cliente do bar;
– Adriano Balbinote, de 46 anos. Cliente do bar;
– Josué Ramos Tenório, de 48 anos. Cliente do bar.
– Elizeu Santos da Silva, de 47 anos. Ele foi socorrido, mas veio a óbito no hospital.
Edgar Ricardo de Oliveira, de 30 anos, e Ezequias Souza Ribeiro, de 27, foram identificados pela Polícia Civil como os responsáveis pelos assassinatos por causa do depoimento de testemunhas. Os dois suspeitos são moradores da cidade.
Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.
A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.
“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.
A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.
“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.
A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.