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MATO GROSSO

Vestibular da Unemat oferta 170 vagas exclusivas para povos indígenas

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A Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) está com as inscrições abertas para o vestibular 2023/2 da Faculdade Indígena Intercultural (Faindi/Unemat), em Barra do Bugres. São 170 vagas distribuídas nos cursos de Enfermagem Intercultural Indígena (50 vagas), Pedagogia Intercultural (30 vagas) e Licenciatura Intercultural Indígena (90 vagas), que inclui Ciências Sociais; Ciências Matemáticas e da Natureza; Línguas, Artes e Literaturas.

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas, de forma on-line, até 31 de julho pelo endereço eletrônico vestibular.unemat.br.

As vagas são destinadas exclusivamente aos Povos Indígenas, oficialmente reconhecidos, que ocupam Terras Indígenas em Mato Grosso.

Os cursos de licenciatura destinam-se, preferencialmente, aos professores indígenas, que lecionam nas escolas das comunidades indígenas em turmas da Educação Infantil, do Ensino Fundamental I e II e Ensino Médio, bem como, gestores e técnicos indígenas da educação, mediante comprovação documental.

O curso de enfermagem é destinado aos técnicos em enfermagem, Agentes Indígenas de Saúde (AIS) e Agentes Indígenas de Saneamento (AISAN), que já atuam ou já atuaram em comunidades indígenas, ou em outras instituições de saúde voltadas para as populações indígenas, mediante comprovação documental.

Além das vagas serem divididas pelos três cursos, elas também são distribuídas por etnias. Para consultar, acesse o Anexo 1 do Edital007/2023-Covest.

Inscrições

Para se inscrever, o candidato deve preencher o Formulário de Inscrição, informar o número do Cadastro de Pessoa Física (CPF), escolher a opção de curso ao qual pretende concorrer, responder ao questionário socioeconômico e anexar os seguintes arquivos digitalizados em PDF:

Histórico Escolar do Ensino Médio ou equivalente; Carteira de Identidade ou Documento de Identificação da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai); Carta de Intenção, conforme orientações e modelo contidos em Edital; Termo de Compromisso de que irá contribuir para as atividades educacionais em sua comunidade (para cursos de Licenciatura) ou Termo de Compromisso de que irá contribuir para as ações e serviços de saúde (para candidatos ao curso de Enfermagem); Atestado emitido pela Diretoria Regional de Educação (DRE) ou órgão equivalente e/ou competente para tal finalidade (cursos de Licenciatura); ou Atestado emitido pela Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) ou órgão equivalente (para candidatos ao curso de Enfermagem); e Declaração de Apoio da Comunidade Indígena ao candidato.

Processo de Seleção

A seleção dos novos alunos se dará pela avaliação, de caráter eliminatório e classificatório, da Carta de Intenção que receberá notas de 0 a 10. A Carta de Intenção é encaminhada pelo candidato no ato da inscrição.

O resultado final, assim como a convocação em primeira chamada, para as matrículas será divulgado no dia 4 de setembro. A realização da matrícula também é on-line, mas a confirmação da mesma deverá ser feita presencialmente na Supervisão de Apoio Acadêmico (SAA) do Câmpus Universitário de Barra do Bugres, nos primeiros 10 dias do período letivo que inicia em 25 de setembro.

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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