¿A Empaer (Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural) e a Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf) promovem o Fórum das Cadeias Produtivas da Agricultura Familiar de Mato Grosso durante a 55º Exposição Industrial, Comercial e Agropecuária do Estado – Expoagro. A iniciativa tem por objetivo auxiliar prefeitos, gestores e agricultores em ações de formação, capacitação em gestão e desenvolvimento de políticas públicas dos setores ligados aos negócios do campo, além de viabilizar um espaço de discussões que visa fomentar ainda mais este importante setor da economia.
Programado para acontecer no dia 13 de julho, o evento traz uma programação gratuita, com palestras nas quais se pretende, de forma ampla, apresentar oportunidades e desafios do setor.
A frente da organização do fórum, o técnico da Empaer e especialista em turismo rural, Geraldo Donizete Lucio, explica que a Expoagro é uma ótima vitrine para dar visibilidade às atividades desenvolvidas pelo Governo do Estado, por meio da Seaf e Empaer.
Segundo ele, a ideia é realizar um evento técnico com palestras sobre as cadeias produtivas com destaque para cana de açúcar, banana, leite e turismo rural com exemplos práticos e dificuldades do dia a dia. “Os temas são variados, mas estão relacionados à agricultura familiar. Com experiências de sucesso, perspectivas futuras e investimentos com foco no empreendedorismo”, pontuou.
Programação
Na abertura, o presidente da Empaer, Renaldo Loffi, e a secretária de Estado de Agricultura Familiar, Teté Bezerra, explanarão sobre as políticas públicas nas cadeias produtivas no segmento.
Além disso, a programação traz ainda a palestra “Calendários sanitários em rebanhos leiteiros – importância e implantação”, pela coordenadora regional da Empaer e médica veterinária Luma Camargo Prados. Terá ainda a explanação do secretário de Turismo de Nossa Senhora do Livramento, José Eugênio sobre a experiência da feira “É de Livramento”. A empreendedora rural, social e criativa, Zilair Martins, irá falar sobre o Empório Serra Pantaneira – Agregar valores da cana de açúcar a banana.
Sobre o turismo rural, os protagonistas envolvidos no Projeto Caminhos do Morro, na comunidade Morrinhos, em Santo Antônio do Leverger, explanarão sobre a iniciativa no fomento a cadeia produtiva com as experiências do Rancho Epona, Recanto do Jaó, Bodega Pantaneira, entre outros.
No período da tarde, a programação começa com a sistema de produção da banana da terra no estado, apresentado pelo pesquisador da Empaer, Humberto de Carvalho Marcilio. Logo em seguida, o proprietário da pousada Recanto de Compostela, Valdizar Andrade, falará sobre os desafios de empreender no espaço rural, no município de Jangada.
O turismólogo da Empaer, Robson Junior Hartmann, falará sobre as experiências das caminhadas da natureza e o concurso gastronômico no município de Mirassol D´Oeste e região. Na cadeia produtiva da fruticultura tropical a palestra será com os representantes da Seaf, o superintendente Luciano Gomes Ferreira e o técnico Leonardo da Silva Ribeiro.
Na piscicultura, a experiência será a criação de tilápias em tanques elevados, pelo presidente da Cooperativa Múltipla de Desenvolvimento Sustentável de Mato Grosso (Coodesus), Marcio Paulo da Silva. A última palestra será sobre a produção de mel, com o especialista em apicultura, Catarino Mendyes.
Programado para encerrar às 18h, logo antes com as considerações finais da organização e envolvidos.
Evento
Fórum das Cadeias Produtivas da Agricultura Familiar Data: 13 de julho (quinta-feira) Local: Parque de Exposições Senador Jonas Pinheiro – durante a Expoagro Horário: 7h às 18h (com intervalo para almoço)
Espaço onde irá acontecer o Forúm das Cadeias Produtivas da Agricultura Familiar Foto: Empaer
A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.
Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.
A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.
De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.
A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.
Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.