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Hurb dá calote de cestas básicas após corrida beneficente na Rocinha

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Hurb dá calote em fornecedores de corrida beneficente
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Hurb dá calote em fornecedores de corrida beneficente

Fornecedores de uma corrida promovida pelo Hurb no Rio de Janeiro no final de março aguardam até hoje pagamentos que ultrapassam os R$ 350 mil. Além disso, o evento beneficente prometeu a doação de 500 cestas básicas para moradores da Rocinha, mas os itens ainda não foram entregues.

Realizada no dia 26 de março, a Subida da Rocinha movimentou mais de 500 corredores em um percurso que partiu de São Conrado e chegou à Rocinha. Na ocasião, o Hurb prometeu, além da doação de cestas básicas, a reforma de uma quadra poliesportiva na comunidade – os reparos foram, de fato, realizados, mas parte do pagamento pela obra ainda não foi concluído.

A Spiridon Eventos, empresa responsável por organizar a corrida, afirma que tem mais de R$ 200 mil para receber do Hurb. Segundo a companhia, outros fornecedores têm, juntos, em torno de R$ 150 mil pendentes.

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Os valores são referentes a cerca de metade do pagamento que deveria ter sido realizado pelo Hurb, já que parte foi quitada antes do evento. Essa segunda etapa de pagamentos deveria ter sido feita na primeira semana de abril, mas o dinheiro não chegou até hoje.

“Primeiro, eles falaram que estavam mudando o sistema de pagamentos, por isso estava atrasando. Depois, falaram que estavam com problemas, e aí estourou a bomba na imprensa [de que o Hurb passa por uma crise financeira]. Toda vez que o pessoal manda email cobrando, eles dizem que estão dando um jeito, que vão resolver, pedem compreensão, mas nunca informam quando será feito o pagamento”, afirma João Traven, diretor da Spiridon.

João conta que o contrato da Spiridon com o Hurb foi assinado pelo ex-CEO da empresa de viagens, Otávio Brissant, que visualizava as mensagens de cobrança no WhatsApp, mas nunca as respondia. O novo CEO, João Ricardo Mendes, também tem ignorado as cobranças.

Cestas básicas

Como prometido durante a divulgação do evento, o dinheiro das inscrições da corrida seriam direcionados para a compra e distribuição de 500 cestas básicas a moradores da Rocinha.

Na prática, o diretor da Spiridon explica que, diante do calote do Hurb, o valor das inscrições foi utilizado para cobrir gastos da corrida. Segundo ele, o Hurb está ciente e deveria ter feito a entrega das cestas por conta própria, o que não aconteceu até agora.

Estima-se que o Hurb tenha tido retorno financeiro de R$ 6,9 milhões em mídia espontânea com a Subida da Rocinha.

Em nota, a empresa afirma que “já honrou com a maior parte de seus compromissos junto a fornecedores e parceiros da Corrida da Rocinha”.

“A companhia reconhece os problemas enfrentados nas últimas semanas, mas reforça que conduz de forma individualizada um diálogo com cada parceiro para sanar toda e qualquer pendência”, completa o Hurb.

Fonte: Economia

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Economia

Brasileiros ainda não sacaram R$ 8,56 bi de valores a receber

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Os brasileiros ainda não sacaram R$ 8,56 bilhões em recursos esquecidos no sistema financeiro até o fim de julho, divulgou nesta sexta-feira (6) o Banco Central (BC). Até agora, o Sistema de Valores a Receber (SVR) devolveu R$ 7,67 bilhões, de um total de R$ 16,23 bilhões postos à disposição pelas instituições financeiras.

As estatísticas do SVR são divulgadas com dois meses de defasagem. Em relação ao número de beneficiários, até o fim de julho, 22.201.251 correntistas haviam resgatado valores. Apesar de a marca ter ultrapassado os 22 milhões, isso representa apenas 32,8% do total de 67.691.066 correntistas incluídos na lista desde o início do programa, em fevereiro de 2022.

Entre os que já retiraram valores, 20.607.621 são pessoas físicas e 1.593.630, pessoas jurídicas. Entre os que ainda não fizeram o resgate, 41.878.403 são pessoas físicas e 3.611.412, pessoas jurídicas.

A maior parte das pessoas e empresas que ainda não fizeram o saque tem direito a pequenas quantias. Os valores a receber de até R$ 10 concentram 63,01% dos beneficiários. Os valores entre R$ 10,01 e R$ 100 correspondem a 25,32% dos correntistas. As quantias entre R$ 100,01 e R$ 1 mil representam 9,88% dos clientes. Só 1,78% tem direito a receber mais de R$ 1 mil.

Depois de ficar fora do ar por quase um ano, o SVR foi reaberto em março de 2023, com novas fontes de recursos, um novo sistema de agendamento e a possibilidade de resgate de valores de pessoas falecidas. Em julho, foram retirados R$ 280 milhões, alta em relação ao mês anterior, quando tinham sido resgatados R$ 270 milhões.

Melhorias

A atual fase do SVR tem novidades importantes, como impressão de telas e de protocolos de solicitação para compartilhamento no WhatsApp e inclusão de todos os tipos de valores previstos na norma do SVR. Também haverá uma sala de espera virtual, que permite que todos os usuários façam a consulta no mesmo dia, sem a necessidade de um cronograma por ano de nascimento ou de fundação da empresa.

Além dessas melhorias, há a possibilidade de consulta a valores de pessoa falecida, com acesso para herdeiro, testamentário, inventariante ou representante legal. Assim como nas consultas a pessoas vivas, o sistema informa a instituição responsável pelo valor e a faixa de valor. Também há mais transparência para quem tem conta conjunta. Se um dos titulares pedir o resgate de um valor esquecido, o outro, ao entrar no sistema, conseguirá ver as informações: como valor, data e CPF de quem fez o pedido.

Expansão

Desde a última terça-feira (3), o BC permite que empresas encerradas consultem valores no SVR. O resgate, no entanto, não pode ser feito pelo sistema, com o representante legal da empresa encerrada enviando a documentação necessária para a instituição financeira.

Como a empresa com CNPJ inativo não tem certificado digital, o acesso não era possível antes. Isso porque as consultas ao SVR são feitas exclusivamente por meio da conta Gov.br.

Agora o representante legal pode entrar no SVR com a conta pessoal Gov.br (do tipo ouro ou prata) e assinar um termo de responsabilidade para consultar os valores. A solução aplicada é semelhante ao acesso para a consulta de valores de pessoas falecidas.

Fontes de recursos

No ano passado, foram incluídas fontes de recursos esquecidos que não estavam nos lotes do ano passado. Foram acrescentadas contas de pagamento pré ou pós-paga encerradas, contas de registro mantidas por corretoras e distribuidoras encerradas e outros recursos disponíveis nas instituições para devolução.

Além dessas fontes, o SVR engloba os seguintes valores, já disponíveis para saques no ano passado. Eles são os seguintes: contas-corrente ou poupança encerradas; cotas de capital e rateio de sobras líquidas de ex-participantes de cooperativas de crédito; recursos não procurados de grupos de consórcio encerrados; tarifas cobradas indevidamente; e parcelas ou despesas de operações de crédito cobradas indevidamente.

Golpes

O Banco Central aconselha o correntista a ter cuidado com golpes de estelionatários que alegam fazer a intermediação para supostos resgates de valores esquecidos. O órgão ressalta que todos os serviços do Valores a Receber são totalmente gratuitos, que não envia links nem entra em contato para tratar sobre valores a receber ou para confirmar dados pessoais.

O BC também esclarece que apenas a instituição financeira que aparece na consulta do Sistema de Valores a Receber pode contatar o cidadão. O órgão também pede que nenhum cidadão forneça senhas e esclarece que ninguém está autorizado a fazer tal tipo de pedido.

Fonte: EBC Economia

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