A UNESCO informou nesta segunda-feira (12), que os Estados Unidos vão voltar a ser integrantes da organização. A informação foi dada pela diretora-geral , Audrey Azoulay , e começa a ter validade a partir de julho de 2023. Os Estados Unidos retornam pautados em um acordo de contribuição financeira para as organizações científicas e culturais.
Azoulay disse durante o discurso que o retorno do país norte-americano “é um forte ato de confiança, na Unesco e no multilateralismo”. Para ela, isso não reflete “apenas na centralidade do mandato da Organização – cultura, educação, ciência, informação – mas também na forma como este mandato está sendo implementado hoje”.
O Departamento de Estado dos Estados Unidos enviou uma carta à diretora-geral , para que pudessem saudar “a forma como a Unesco abordou os desafios emergentes nos últimos anos, modernizou sua gestão e reduziu as tensões políticas”. A agência cultural e científica das Nações Unidas divulgou o comunicado enviado à Azoulay .
O Congresso dos Estados Unidos assinou um acordo com a UNESCO no final de 2022, para que fosse autorizado a contribuição financeira à instituição. Este foi o principal motivo para o retorno do país aos 193 Estados-membros da Organização.
Os Estados Unidos ficaram sem contribuir com a Organização desde 2011 por conta de uma lei interna do país. Entretanto, em 2017, sob a gestão de Donald Trump, foi anunciada a retirada completa do país da UNESCO . Vale ressaltar que os Estados Unidos chegaram a contribuir com cerca de 22% do orçamento da Organização.
De 2011 a 2018, as dívidas do país com a UNESCO somou cerca de US$ 600 milhões, que foi o valor decisivo para o retorno dos Estados Unidos . Na carta enviada pelo governo, foi informado à diretora-geral que foi inicialmente aprovado pelo Congresso o pagamento de US$ 150 milhões em 2024, e o restante será pago de forma contínua pelas contribuições “até a liquidação dos atrasos”.
O plano ainda segue submetido para aprovação na da Conferência Geral dos Estados Membros da Unesco. O órgão informa que alguns dos Estados-membros solicitaram uma sessão extraordinária para discutir o assunto, visando que uma decisão seja tomada em breve.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.