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Pavimentação integrará municípios do Oeste em novo corredor de escoamento da produção

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A rodovia MT-175 deverá ser pavimentada em breve no trecho de aproximadamente 100 quilômetros entre Reserva do Cabaçal e o entroncamento com a MT-358, no Chapadão do Rio Verde, em Tangará da Serra. O trecho estabelece conexão, também, com as MTs 170 e 246, nos municípios de Salto do Céu e Rio Branco, proporcionando importante corredor para transporte da produção. A pavimentação é um antigo anseio da comunidade daquela região.

Segundo apurou o Enfoque Business junto a representantes dos segmentos empresarial e produtivo daquela região, já há movimentações para criação de uma entidade – a Associação Intermunicipal do Vale do Jauru – para trabalhar na obtenção de recursos para custeio do projeto executivo da obra. Concluído o projeto e sendo o mesmo aprovado pela Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra-MT), o próximo passo será licitar a obra.

O empresário Lorenzo Tiso é produtor da região da 175 e demonstra otimismo na realização da obra, que conta com o apoio dos prefeitos de Tangará da Serra, Vander Masson (UB), e de Reserva do Cabaçal, Jonas Campos (PP). “Vejo grande interesse dos dois prefeitos nesta estrada, que é muito importante para aquela região avançar em seu desenvolvimento e na qualidade de vida”, observou Lorenzo, que acompanhou, no início do mês, uma visita à região atendida pela MT-175, oportunidade em que foi vistoriada a atual situação da rodovia, que recebeu manutenção pelo governo estadual em parceria com os municípios e produtores locais no primeiro semestre desse ano.

Uma entidade que também atua em prol da manutenção da estrada é o Consórcio intermunicipal Nascentes do Pantanal, que congrega os municípios no entorno dos rios Jauru e Cabaçal, os principais da região e importantes afluentes do rio Paraguai.

Histórico e importância

Lorenzo recorda que a estrada começou a ser reutilizada em 2004, após ter permanecido por muitos anos em completo estado de abandono.  Com apoio do então governador Blairo Maggi, nos anos de 2006 e 2007 houve importantes obras de cascalhamento que permitiram a retomada do trânsito de cargas e o início de escoamento da produção de milho entre o Chapadão do Rio Verde e a região da Grande Cáceres.

Entre os anos 2010 e 2018 a manutenção da rodovia por parte do poder público foi novamente reduzida, ficando quase exclusivamente por conta dos produtores locais, até a retomada com o governo Mauro Mendes, a partir de 2019.

Segundo dados de uma consultoria, hoje a MT-175 é responsável pelo escoamento de 120 mil toneladas de grãos/safra e 15 mil toneladas de caroço de algodão, além de cargas gerais.

Quanto aos grãos transportados pela rodovia, destaca-se o milho produzido no Chapadão do Rio Verde, destinado a abastecer os inúmeros confinamentos de gado de corte (pecuária de cria, recria e engorda) e rebanho leiteiro, além de uma grande quantidade de biomassa, cuja demanda tem aumentado nos últimos anos em quantidade e valor agregado. “A biomassa voltou para o mercado e, provavelmente, teremos na região um crescimento vertical dos sistemas de integração lavoura/pecuária/floresta (ILPF)”, destacou o empresário.

Pela estrada também são transportados areia grossa (construção civil), lenha e toretes produzidos produzidos em florestas plantadas de eucalipto, além de cargas vivas, em especial gado de leite e corte.

Com a pavimentação da 175, uma parcela importante da produção da região do Chapadão do Rio Verde – a partir de então incluindo soja e algodão – escoará por aquela estrada, em direção aos terminais portuários da Hidrovia do Rio Paraguai, que está em vias de entrar em operação.

Além disso, conforme os planos da associação em processo de fundação Vale do Jauru, haverá, na região, uma conexão entre a MT 175 e a MT-388 (rodovia Entre-Rios), em cujas imediações estão sendo construídas 2 pequenas centrais hidrelétrica, a PCH Estivadinho 3, no rio Jauru e a PCH Alto Guaporé no rio Guaporé que terão capacidade instalada de geração de aproximadamente 10 MW cada uma.

Planejamento

Na equipe que realizou a vistoria estava Edilson Sampaio, que conduz as obras de pavimentação das rodovias MTs 240 e 339 e conduzirá as obras de asfaltamento do trecho da MT-358 no Chapadão do Rio Verde.

Segundo Edilson, a região tem recebido um grande fluxo de novos moradores e investidores, em razão das suas potencialidades. Ele informa que já há conversações preliminares com a Sinfra-MT sobre o projeto para a MT-175. “Estamos nesta fase inicial, de organização e planejamento e de busca de recursos para o projeto e, mais à frente, para a execução da obra. Estamos conversando sobre possíveis parcerias para pavimentar mais esta rodovia e conectar ainda mais a macrorregião oeste-sudoeste de Mato Grosso”, revela.

Segundo Edilson, há também a possibilidade de aporte de recursos do Projeto Calha Norte, conduzido pelo Ministério da Defesa e que contempla municípios de região de fronteira, como é o caso do Oeste mato-grossense.

As conversações avançam e nas próximas semanas novas informações deverão despontar a respeito do projeto de pavimentação da MT-175, especialmente a partir da criação da Associação Intermunicipal do Vale do Jauru.

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Represas seca e moradores ficam sem água na cidade de Mirassol D’oeste, MT

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O município de Mirassol D’oeste, localizado a cerca de 300 km de Cuiabá, enfrenta uma grave crise hídrica devido à seca das represas e córregos do Município, principal fonte de abastecimento de água da cidade. A longa estiagem que assola a região fez o rios e represas secar, complicando a situação para os moradores

Os moradores da cidade tem reclamado a mais de quatro semanas da falta de água da região. De acordo com moradores, a Saemi serviço autônomo de agua responsável pela distribuição de água montou um cronograma de distribuição de água, mas segundo os moradores ele não tem sido cumprido e a distribuição de água nas casas não tem acontecido em alguns bairros. A moradora da região Pé da serra afirmou que a situação está muito complicada, pois a água não está chegando nos últimos três dias ja não temos agua nos reservatórios outros bairros como Boa vista, interlagos , Morumbi Jardim das flores 3 relatam mesmo problema. Estamos numa situação precária, sem água para tomar banho ou até mesmo beber. Além da escassez, os moradores relatam que a água, quando disponível, tem chegado suja tornando-a imprópria para o consumo.

Em um áudio divulgado recentemente, o prefeito Hector Alvarez Bezerra compartilhou detalhes sobre a crise e destacou que a falta de água não é um problema exclusivo de Mirassol d’Oeste, mas um reflexo de uma escassez global que também atinge municípios vizinhos. Segundo ele, o consumo excessivo de água pela população local durante períodos de seca tem exacerbado a situação.

O prefeito comparou o uso de água ao consumo de energia elétrica, explicando que em dias quentes, as pessoas utilizam mais ar condicionado, o que aumenta o gasto de energia. Da mesma forma, em tempos de seca e calor extremo, a população utiliza mais água, e não de maneira moderada. Bezerra apontou que o uso de água triplicou em Mirassol d’Oeste. Moradores utilizando grandes quantidades para lavar casas, carros, regar plantas e até molhar as ruas.

Atualmente, o município conta com três sistemas de captação de água, mas dois deles, localizados no pátio da Estação de Tratamento de Água (ETA) e em Carnaíba, já secaram. o prefeito lembrou que, no primeiro ano de sua gestão, foi realizada uma dragagem na ETA, o que aumentou a capacidade de captação em três vezes, mas, ainda assim, não foi suficiente para atender a demanda. Para tentar minimizar a crise, foram feitos transbordos na represa de Carnaíba, em parceria com a Minerva e uma usina local, além da utilização de agua captada no
Rancho Alegre, onde ainda há um volume significativo de água. Poços foram perfurados, dois na zona urbana e dois na zona rural, para ajudar no abastecimento.

Um dos principais projetos para a solução definitiva do problema é a captação de água no Córrego do Caramujo, mas o prefeito informou que está aguardando a autorização da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (SEMA) e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA). Ele também mencionou a seleção de uma proposta do município no âmbito do Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), conforme a PORTARIA MCID No 768, de 26 de julho de 2024. Esse projeto está inserido no Eixo “Água Para Todos” – Subeixo “Abastecimento de Agua – Urbano”, e será financiado com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

Para que o processo de validação dessa proposta junto ao agente financeiro tenha início, a prefeitura foi convocada a responder aos questionamentos até o dia 23 de agosto de 2024. Entre os pontos a serem definidos estão a escolha do agente financeiro habilitado e a confirmação de prosseguimento com a operação de crédito, já que a proposta migrou de fonte de recursos do Orçamento Geral da União (OGU) para financiamento pelo FGTS.

Por Mira News

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