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BRASIL

84% dos brasileiros têm preconceito contra mulheres – confira estudo

Publicado

em

Marcelo Camargo/Agência Brasil – 08/03/2017

“Normas sociais que prejudicam os direitos das mulheres também são prejudiciais para a sociedade de forma mais ampla, prejudicando a expansão do desenvolvimento humano”, diz Pedro Conceição, do PNUD global

Um estudo do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) divulgado nesta segunda (12) apontou dados alarmantes sobre o machismo no Brasil.

A pesquisa analisou quatro áreas do preconceito de gênero em que as mulheres costumam relatar discriminação. As áreas são integridade física, educação, política e economia.

Segundo o estudo, que coletou dados em 80 países, quase 90% da população mundial tem algum tipo de preconceito contra as mulheres.

No Brasil, o PNUD apontou que 84,4% da população têm pelo menos um preconceito contra as mulheres dentre as dimensões apresentadas.

Da esquerda para a direita — As colunas em cinza representam as porcentagens do total de participantes, de homens e de mulheres. Em roxo estão as áreas em que os preconceitos são identificados: política, educação, economia e integridade física.
Reprodução/Relatório PNUD – 12/06/23

Da esquerda para a direita — As colunas em cinza representam as porcentagens do total de participantes, de homens e de mulheres. Em roxo estão as áreas em que os preconceitos são identificados: política, educação, economia e integridade física.

Os piores indicadores são em relação à integridade física. Os quesitos avaliados compreendem a violência íntima e o direito à decisão de ter ou não filhos.

O preconceito na esfera da integridade se apresentou ainda maior entre as mulheres que participaram da pesquisa: enquanto elas atingem 75,79%, os homens chegam a 75,56%.

Dos entrevistados, 25% acham que é justificável um homem agredir sua mulher.

Na política, 39,91% pensam que mulheres não são tão boas em cargos políticos quanto os homens.

Na economia, 31% acreditam que os homens são melhores nos negócios do que as mulheres.

A educação apresentou o menor indicador de preconceito, com somente 9,59% dos entrevistados que pensam que os estudos são mais importantes para os homens do que para as mulheres.

Segundo o PNUD, “normas sociais que prejudicam os direitos das mulheres também são prejudiciais para a sociedade de forma mais ampla, prejudicando a expansão do desenvolvimento humano. Na verdade, a falta de progresso nas normas sociais de gênero está ocorrendo em meio a uma crise de desenvolvimento humano: o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) global diminuiu em 2020 pela primeira vez na história – e novamente no ano seguinte. Todos têm a ganhar ao garantir liberdade e autonomia para as mulheres”. A declaração é de Pedro Conceição, chefe do Escritório do Relatório de Desenvolvimento Humano do PNUD global.

Apesar do alto índice de discriminação, o Brasil apresentou melhora neste cenário. Em outro estudo realizado em 2012, somente 10,2% das pessoas declararam não ter quaisquer preconceitos contra as mulheres. Na pesquisa deste ano, o número cresceu para 15,5%.

Fonte: Nacional

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BRASIL

Pedro Paulo quer políticas para advogados com deficiência

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Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.

A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.

“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.

A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.

“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.

A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.

 

Fonte: ELEIÇÕES OAB MT

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