Após a explosão da barragem de Nova Kakhovka, na região de Kherson , cerca de 700 mil pessoas ficaram sem acesso à água potável na Ucrânia , afirmou o sub-secretário-geral da Organização das Nações Unidas ( ONU) para os Assuntos Humanitários, Martin Griffiths.
“Mas a verdade é que estamos apenas começando a ver as consequências deste ato”, disse Griffiths em entrevista à agência de notícias Associated Press.
Segundo o sub-secretário da ONU, a Rússia até agora não permitiu que a entidade tivesse acesso à área russa da região para ajudar as vítimas das enchentes.
“O que poderemos ver são essas minas flutuando em lugares onde as pessoas não as esperam”, ameaçando adultos e especialmente crianças, acrescentou Griffiths.
Segundo a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), mais de 25 mil casas foram prejudicadas. Além disso, ainda há muitas pessoas se deslocando da cidade.
Entenda o caso
Na última terça-feira (6), um ataque no sul da Ucrânia rompeu a barragem de Kakhovka, região controlada pela Rússia atualmente. Segundo a União Europeia, a explosão configura crime de guerra.
As enchentes no sul da Ucrânia, desencadeadas pela destruição de uma represa associada a usina hidrelétrica, fizeram com que, inicialmente, 4.300 pessoas foram retiradas da região, segundo as agências russas.
Tanto Kiev quanto Moscou se acusam mutuamente pelo ataque à estrutura, que é considerado um ato de sabotagem durante o conflito.
Segundo informações divulgadas, a Ucrânia alerta que cerca de 42 milhões de pessoas estão diretamente ameaçadas pelas inundações.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.