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BRASIL

Morre Wladimir Pomar, que coordenou 1ª campanha presidencial de Lula

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O jornalista e escritor Wladimir Pomar morreu na madrugada desta sexta-feira (9), aos 86 anos. Membro da direção do PT, Pomar foi coordenador da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva para a presidência da República em 1989. A morte foi confirmada por seu filho, Valter Pomar, dirigente do Partido dos Trabalhadores e professor de Relações Internacionais.

Por meio de nota, Valter Pomar escreveu que o pai completaria 87 anos no próximo dia 14 de julho. “Havia planos de festejar a ocasião, chamando amigos, camaradas e a grande família: quatro bisnetos e três bisnetas, sete netos e quatro netas, três filhos e sua esposa Rachel. As complicações resultantes de uma displasia impediram isso e o fizeram ter um fim de vida terrivelmente sofrido, totalmente diferente do que ele às vezes disse querer ter – e particularmente injusto para com um camarada tão gentil, para citar um termo de Espinosa, não o filósofo, mas aquele militante bem alto, tantas vezes visto ao lado de Lula, especialmente a partir da campanha presidencial de 1989, que Wladimir ajudou a coordenar”, escreveu o filho.

Nascido em Belém, no Pará, em 1936, Wladimir Ventura Torres Pomar era filho de um militante comunista perseguido pela ditadura de Getulio Vargas. Aos 13 anos, se tornou militante do Partido Comunista, tendo atuado no movimento estudantil e no movimento sindical metalúrgico. Foi preso durante a ditadura militar e viveu um período na clandestinidade.

Ingressou no Partido dos Trabalhadores (PT) em 1984 e passou a integrar a executiva nacional do partido, tendo atuado como coordenador geral da campanha de Lula à presidência em 1989. No ano seguinte, encerrou seu mandato no Diretório Nacional do PT e, desde então, passou a colaborar de forma militante com o PT, sem exercer cargos formais.

Escreveu diversos livros como A Dialética da História; Quase Lá – Lula, o Susto das Elites; e uma autobiografia chamada O Nome da Vida. Também escreveu diversos livros com estudos sobre a China, tais como O Enigma Chinês: capitalismo ou socialismo e A Revolução Chinesa.

Lula lamenta morte

A morte de Pomar foi lamentada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em nota, o presidente escreveu que “Wladimir Pomar foi um militante e um intelectual valoroso do Partido Comunista do Brasil e do Partido dos Trabalhadores. Lutou pelas causas sociais durante toda a sua vida, enfrentando a ditadura e a repressão em diferentes momentos da história do Brasil”.

“Foi da Executiva Nacional do PT, coordenou o Instituto Cajamar e minha primeira campanha presidencial, em 1989. Escreveu vários livros, em particular sobre o desenvolvimento da China, tema que estudou com afinco nos últimos anos de vida. Aos seus companheiros, amigos, filhos, netos e bisnetos de Wladimir Pomar deixo meu abraço solidário pela perda desse amigo e companheiro”, escreveu Lula.

O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, também escreveu sobre a morte de Wladimir Pomar.

“É com pesar que registro o falecimento de Wladimir Pomar, militante histórico, dedicado às causas do povo brasileiro. Deixa como legado às novas gerações a importância do estudo e da compreensão do mundo”, disse o ministro.

Nota do PT

O Partido dos Trabalhadores também lamentou a morte de Pomar. “Wladimir Pomar dedicou toda uma vida à causa do socialismo, pela qual lutou corajosamente desde a juventude, no Partido Comunista do Brasil, até os últimos dias. Enfrentou a ditadura, a prisão, a tortura e a perda brutal de muitos de seus companheiros, inclusive o pai, Pedro Pomar, assassinado na Chacina da Lapa, em 1976. Foi um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores, membro da Executiva Nacional do PT, coordenador do Instituto Cajamar e da primeira campanha presidencial de Lula, em 1989, legando inestimável contribuição prática e teórica na formação política de nossos militantes e dirigentes. Em todas as trincheiras em que atuou, Wladimir Pomar foi um camarada admirável, querido e respeitado. Sua morte, nesta madrugada, nos consternou profundamente”, diz nota do partido assinada por Gleisi Hoffmann, presidente do Diretório Nacional do PT, e por Henrique Fontana, secretário-geral do PT.

Fonte: EBC GERAL

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BRASIL

Pedro Paulo quer políticas para advogados com deficiência

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Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.

A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.

“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.

A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.

“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.

A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.

 

Fonte: ELEIÇÕES OAB MT

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