A Rússia informou ter conseguido impedir uma contraofensiva da Ucrânia e matado 250 soldados do país. As mortes, segundo o Ministério da Defesa russo, ocorreram em campo de batalha, enquanto os militares ucranianos tentavam um ataque na região de Donetsk.
“Na manhã de 4 de junho, o inimigo lançou uma ofensiva em grande escala em cinco setores da frente na direção sul de Donetsk”, disse o ministério em comunicado. A Defesa afirmou, no documento, que o objetivo dos ucranianos era “romper nossas defesas no setor mais vulnerável, em sua opinião, da frente”, mas que a Ucrânia “não cumpriu suas tarefas, não teve sucesso”, conforme os russos.
Nas redes sociais, o governo russo também publicou vídeos que mostram a explosão de blindados ucranianos. Na ocasião, segundo o ministério, ao menos 250 soldados da Ucrânia foram mortos, 16 tanques foram destruídos e 21 veículos blindados foram danificados.
A Ucrânia, por outro lado, ainda não se pronunciou sobre o ocorrido ou em relação às declarações russas. Em Kiev, as autoridades apenas destacaram que o sigilo é necessário nos planos de ataque. Militares, porém, disseram que uma das táticas é causar confusão entre os russos.
Em publicação no Twitter , o ministro da Defesa da Ucrânia, Oleksiy Reznikov, ironizou a situação, compartilhando um vídeo em que escreveu: “Palavras são muito desnecessárias. Elas podem apenas prejudicar”, citando um trecho da música Enjoy the Silence (Aproveite o silêncio, em tradução livre), do Depeche Mode.
No vídeo, militares ucranianos aparecem com trajes de combate, segurando fuzis e fazendo o sinal de silêncio. Ao final, aparecem os escritos: “Planos amam o silêncio. Não haverá anúncio sobre o começo.”
“Acreditamos firmemente que teremos sucesso”, disse ele em entrevista ao Wall Street Journal , publicada nesse sábado (3). “Não sei quanto tempo vai demorar. Para ser honesto, pode acontecer de várias maneiras, completamente diferentes. Mas vamos fazer isso e estamos prontos.”
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.