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BRASIL

Lula diz que governo vai construir moradias e recuperar Rio-Santos

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Ao lado do governador Tarcísio, presidente Lula fala sobre as chuvas que atingiram a população no litoral norte de São Paulo
Reprodução / CNN Brasil – 20.02.2023

Ao lado do governador Tarcísio, presidente Lula fala sobre as chuvas que atingiram a população no litoral norte de São Paulo

Nesta segunda-feira (20), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que o governo federal vai ajudar na recuperação da Rio-Santos e na construção de moradias em lugares adequados para as vítimas das fortes chuvas que atingiram o litoral norte de São Paulo .

Lula falou em coletiva de imprensa ao lado do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos)  e do prefeito de São Sebastião, Felipe Augusto (PSDB). “O bem comum do povo é muito mais importante do que qualquer divergência que a gente possa ter”, afirmou.

Até o momento, as tempestades causaram ao menos 36 mortes, sendo 35 somente em São Sebastião e uma em Ubatuba . Além disso, mais de 1.730 pessoas estão desalojadas, 766 desabrigadas e 40 desaparecidas .

Na ocasião, o presidente também assumiu o compromisso, junto ao governo paulista e à prefeitura de São Sebastião, de ajudar na recuperação da Rio-Santos , que disse ser importante para o “Brasil, São Paulo e toda a orla marítima do Brasil”. Após as chuvas, a estrada foi destruída por deslizamentos de terra e está com vários pontos interditados.

Lula também afirmou que a outra prioridade do governo será construir moradias em locais seguros, para evitar mais situações como essa.

“Vejo na televisão lugares em que houve desabamento e que já se passaram cinco, seis, sete anos e ainda não foi resolvido o problema habitacional. Desta vez, prefeito, você vai ter certeza de que os problemas da construção de casas para as pessoas que perderam as suas casas vai acontecer de verdade”, afirmou. “Por isso, queria que você [prefeito] pensasse um lugar seguro para que a gente pudesse começar a reconstruir a moradia do povo de São Sebastião.”

Tarcísio também falou durante a coletiva e começou agradecendo a Lula pela presença, que, segundo ele, traz “amparo e conforto” em um momento em que é preciso trabalhar em “regime de cooperação”. De acordo com o governador, a gestão estadual está trabalhando desde essa madrugada na tentativa de liberar os bloqueios nas estradas , principalmente o acesso no sentido da Tamoios, para que os turistas consigam retornar às suas cidades com segurança.

“Conseguimos liberar o bloqueio de Toque-Toque, já estamos chegando a Maresia. A ideia é liberar hoje até Barra do Sahy na direção Norte, para que possamos acessar a Tamoios”, disse Tarcísio. “A grande via de deslocamento será Rio-Santos e Tamoios. A recuperação da Mogi-Bertioga vai levar um tempo maior, pois temos um trecho bastante erodido. E a recuperação da Rio-Santos de Boiçucanga em direção ao Sul pode levar um tempo enorme, não sabemos nem dizer quanto tempo.”

O prefeito de São Sebastião pontuou que o processo de reconstrução do município será lento devido aos estragos nas estradas. “Neste momento, sob comando do presidente Lula e do governador Tarcísio, nosso foco será buscar vidas”, acrescentou Felipe Augusto.

Presidente sobrevoou áreas atingidas

Na manhã de hoje, Lula desembarcou em São José dos Campos (SP), por volta das 11h. Depois, sobrevoou as regiões afetadas pelas chuvas, ao lado do ministro da Casa Civil, Rui Costa .

Lula também se reuniu com  Tarcísio no Teatro Municipal de São Sebastião, sede do gabinete de gerenciamento das ações de resgate e salvamento no litoral norte, para discutir as ações que serão tomadas na região.

Saiba como doar para as vítimas das chuvas em São Paulo aqui .

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Fonte: IG Nacional

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BRASIL

PF cumpre mandado em Cuiabá sobre venda de sentença no Judiciário

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Por Fabio Serapião

Da folhapress Brasilia

A Polícia Federal cumpre, na manhã desta quinta (24), mandados de busca e apreensão em uma investigação sobre venda de sentenças que envolve cinco desembargadores do Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul.

Cinco desembargadores foram afastados dos cargos. Além das buscas, também há medidas como proibição de acesso às dependências de órgão público, vedação de comunicação entre investigados e uso de tornozeleira eletrônica.

Um mandado de busca e apreensão foi cumprido, na manhã desta quinta-feira (24), em um condomínio de luxo em Cuiabá,

O alvo seria um lobista e as investigações apontam para a ligação com morte do advogado Roberto Zampieri.

A ação foi batizada de Ultima Ratio e investiga os crimes de corrupção em vendas de decisões judiciais, lavagem de dinheiro, organização criminosa, extorsão e falsificação de escrituras públicas no Poder Judiciário.

Os mandados de busca foram expedidos pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) e são cumpridos por cerca de 200 policiais federais em Campo Grande (MS), Brasília (DF), São Paulo (SP) e Cuiabá.

A investigação sobre a comercialização de sentença teve apoio da Receita e é um desdobramento da operação Mineração de Ouro, deflagrada pela PF em 2021.

Na primeira fase, a investigação tinha como foco a suposta participação de integrantes do Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul em uma organização criminosa.

O nome da operação teve como origem a descoberta de que a aquisição de direitos de exploração de mineração em determinadas áreas eram utilizadas para lavagem de dinheiro proveniente do esquema.

Esse não é o único caso relacionado a venda de sentença judicial em investigação no âmbito do STJ.

Um ministro do próprio tribunal está na mira da PF sob suspeita de venda de sentença.

CASO ZAMPIERI – As investigações que chegaram às suspeitas sobre o STJ se iniciaram após o homicídio de um advogado em dezembro do ano passado, em Mato Grosso.

O caso levou ao afastamento de dois desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça).

O advogado Roberto Zampieri foi assassinado com dez tiros em dezembro passado.

Na ocasião, ele estava dentro do carro, em frente ao seu escritório em Cuiabá.

Em seu celular, havia mensagens que levantaram suspeitas de vendas de decisões por gabinetes de quatro ministros do STJ.

As investigações iniciais apontavam como uma das motivações processos de disputas de terras que tramitam no Tribunal de Justiça de Mato Grosso.

Outro caso de venda de sentenças ainda em andamento é no Tribunal de Justiça da Bahia.

Lá, a operação Faroeste se transformou no maior caso de venda de decisões judiciais do Brasil.

Nos últimos meses, duas desembargadores baianas se tornaram rés (uma delas pela segunda vez) no âmbito da operação, juízes do sul do estado foram afastados sob suspeita de irregularidades em questão fundiária e um magistrado da região oeste disse sofrer ameaças por julgar casos relacionados a grilagem.

No início de julho passado, a Corregedoria Nacional de Justiça decidiu fazer uma investigação diante de nova suspeita de irregularidades no tribunal, com convocação de testemunhas e análise de equipamentos eletrônicos.

Ao mesmo tempo, o corregedor nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, determinou uma apuração profunda sobre o tribunal, em decorrência de “gravíssimos achados”.

Entre eles, estão problemas na vara de Salvador encarregada de analisar casos de lavagem de dinheiro e organização criminosa. Há relatos de atrasos dos juízes em audiências, ineficiência e servidores da vara com temor de represálias de magistrados.

Cuiabá é uma das cidades alvo da Operação Ultima Ratio, que investiga supostos crimes de vendas de sentença, lavagem de dinheiro, organização criminosa, extorsão e falsificação de escrituras públicas no Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul. A ação foi deflagrada nesta quinta-feira (24), no estado vizinho.

Segundo a PF, são cumpridos 44 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça em Campo Grande (MS), Brasília (DF), São Paulo (SP) e Cuiabá.

A ação teve o apoio da Receita Federal e é um desdobramento da Operação Mineração de Ouro, deflagrada em 2021, na qual foram apreendidos materiais com indícios da prática dos referidos crimes.

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou o afastamento do exercício das funções públicas de servidores, a proibição de acesso às dependências de órgão público, a vedação de comunicação com pessoas investigadas e a colocação de equipamento de monitoramento eletrônico.

 

 

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