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SAÚDE

Entidade americana faz alerta sobre o uso de melatonina por crianças

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Entidade americana faz alerta sobre o uso de melatonina por crianças
Redação EdiCase

Entidade americana faz alerta sobre o uso de melatonina por crianças

A melatonina é uma substância amplamente vendida em farmácias e até pela internet. Em formato de ursinho, bala de goma, comprimidos e gotas, ela tem o intuito de ajudar a estimular o sono. No entanto, estudos têm revelado um aumento no uso excessivo do suplemento por crianças, o que tem preocupado os órgãos de saúde.

Para se ter uma ideia, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, revelou que o consumo pediátrico de melatonina aumentou 530% entre 2012 e 2021. Outro estudo, de 2022, realizado pelo Hospital Infantil de Michigan (EUA), indicou um aumento de 530% na ingestão excessiva acidental de melatonina por crianças, nos últimos 10 anos.

Por conta disso, ainda em 2022, a Academia Americana de Medicina do Sono (AASM) emitiu um comunicado com novas recomendações sobre o uso de melatonina em crianças. Entre as recomendações, está evitar a administração sem orientação médica do suplemento.

O que é a melatonina?

A Dra. Ana Jannuzzi, com pós-graduação em Sono na Infância e Adolescência, explica que a melatonina é um hormônio produzido pela glândula pineal, que fica localizada em uma região mais profunda do cérebro.

O hormônio é liberado na corrente sanguínea e regula os ciclos de sono e vigília, que também são conhecidos como ciclos circadianos, responsáveis por ajustar o funcionamento do corpo para o dia e para a noite. A melatonina é produzida durante a noite, mas a produção começa por volta das 17 horas, e seu pico ocorre de madrugada, mais ou menos às 3 horas da manhã.

Além disso, ela ressalta que existem evidências de que algumas crianças diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) podem apresentar níveis mais baixos de melatonina, por conta de deficiência na conversão da enzima N-acetil-serotonina em melatonina. Por isso, com acompanhamento médico, podem apresentar benefício ao fazer uso exógeno da substância.

Atenção ao uso da melatonina

Para a médica com pós-graduação em Pediatria Dra. Ana Jannuzzi, os pais devem estar em alerta, caso tenham a suplementação em casa. E aponta que, na maior parte dos casos, não há necessidade do uso em crianças. “[…] São pontuais os casos em que é necessária a suplementação com melatonina em crianças, uma vez que estamos falando de uma substância que é naturalmente produzida em todos nós”, declara a especialista.

A pediatra também explica o que dizem os estudos quanto às doses do medicamento: “Nos Estados Unidos, onde o uso da melatonina é mais difundido, o próprio Centro Nacional de Saúde Complementar e Integrativa, um órgão que é ligado ao Instituto Nacional de Saúde, diz que o medicamento parece ser seguro para a maioria das crianças, se usado a curto prazo, mas admite que existem incertezas nas doses, administração, efeitos a longo prazo e se os supostos benefícios superam os riscos”, diz a especialista.

Melatonina deve ser indicada por um especialista (Imagem: gpointstudio | Freepik)

Regulando o sono das crianças

Conforme a Dra. Ana Jannuzzi, a maioria das crianças não precisa usar melatonina. “Se os pequenos estão com dificuldades para dormir, devem ser investigados alguns aspectos, em especial se está sendo feito um ajuste de ambiente e de horários para o sono das crianças […]”, diz a profissional.

A médica ainda esclarece que alguns hábitos devem ser adotados para que a melatonina seja produzida corretamente, como evitar a utilização de luz antes de dormir, já que o hormônio é desencadeado pela escuridão.

“Por isso, não é recomendado o uso de celulares, tablets e outros eletrônicos a partir das 18 horas, porque a luz branca e azul emitida por esses aparelhos causa uma ruptura na produção de melatonina e, consequentemente, isso vai prejudicar o sono. Para saber se haverá ou não necessidade de suplementação de melatonina, as famílias devem procurar orientação médica adequada”, finaliza a especialista.

Por Ana Carolina

Fonte: Saúde

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SAÚDE

ALERTA NA SAÚDE:Estado de São Paulo confirma primeira morte por febre amarela em 2024

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A febre amarela é causada pelo vírus transmitido pela picada de um mosquito silvestre. Foto: Arquivo

Por g1 Campinas e Região

O estado de São Paulo confirmou a primeira morte por febre amarela em 2024. A vítima era um homem de 50 anos que morava no bairro Jaboticabal, em Águas de Lindóia (SP), e se deslocava pela região de Monte Sião (MG).

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, o paciente manifestou os primeiros sintomas no dia 23 de março e morreu seis dias depois no Hospital das Clínicas da Unicamp, em Campinas (SP), onde permaneceu internado.

A hipótese de dengue ou outras arboviroses urbanas foi descartada, assim como as possibilidades de febre maculosa e hantavirose. A suspeita de febre amarela foi confirmada pelo Instituto Adolfo Lutz no dia 13 de abril.

Ainda segundo a Prefeitura, o paciente trabalhava no Sul de Minas e trabalhava na cidade mineira, por isso, a suspeita é de que o caso tenha sido importado. A pasta destacou que a cidade não tem nenhum outro caso identificado até então.

Com a confirmação, a Secretaria de Estado da Saúde informou que vai intensificar as ações de vigilância em saúde e vacinação na região de Águas de Lindóia, “reforçando a importância da vacinação e conscientização sobre a imunização de rotina, não apenas em momento epidêmico ou pandêmico para evitar casos mais graves”.

 A vacina contra Febre Amarela faz parte do calendário de imunização e está disponível em todos os postos de saúde do estado. Até o último dia 22 de abril, em todo o território estadual, a cobertura vacinal contra Febre Amarela é de 68,47%.

Para Regiane de Paula, coordenadora da Vigilância em Saúde, a vacina é imprescindível para quem irá viajar para o interior e outros estados. “A vacina da Febre Amarela tem um período de 10 dias para criar anticorpos, desta forma, quem for viajar para zona de mata, ir para acampamentos, trilhas, cachoeiras, é de suma importância a imunização o quanto antes”.

O que é a febre amarela

A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, causada por um vírus transmitido por mosquitos infectados. Ela possui dois ciclos de transmissão: silvestre (quando há transmissão em área rural ou de floresta) e urbano.

Em área rural ou de floresta, os macacos são os principais hospedeiros e a transmissão ocorre pela picada dos mosquitos transmissores infectados Haemagogus e Sabethes. Nas cidades, a doença pode ser transmitida principalmente por mosquitos da espécie Aedes aegypti.

Os sintomas iniciais da febre amarela são:

  • febre
  • calafrios
  • dor de cabeça intensa
  • dores nas costas
  • dores no corpo em geral
  • náuseas e vômitos
  • fadiga e fraqueza

Em casos graves, a pessoa infectada por febre amarela pode desenvolver sintomas como:

  • febre alta
  • icterícia
  • hemorragia
  • eventualmente, choque e insuficiência de múltiplos órgãos

De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 20% a 50% das pessoas que desenvolvem febre amarela grave podem morrer. Assim que surgirem os primeiros sinais e sintomas, é fundamental buscar ajuda médica imediata.

Tratamento

O tratamento da febre amarela é apenas sintomático, com cuidadosa assistência ao paciente que, sob hospitalização deve permanecer em repouso. Nas formas graves, o paciente deve ser atendido em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), para reduzir as complicações e o risco de óbito.

Vacinação

A vacina é a principal ferramenta de prevenção da febre amarela. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece o imunizante para toda população. Desde abril de 2017, o Brasil adota o esquema vacinal de apenas uma dose durante toda a vida, medida que está de acordo com as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Ela é administrada via subcutânea, está disponível durante todo o ano nas unidades de saúde e deve ser administrada pelo menos 10 dias antes do deslocamento para áreas de risco, principalmente, para os indivíduos que são vacinados pela primeira vez. A vacinação para febre amarela é ofertada na rotina em todos municípios do país.

No entanto, o imunizante é contraindicado para os seguintes grupos:

  • Crianças menores de 9 meses de idade;
  • Mulheres amamentando crianças menores de 6 meses de idade;
  • Pessoas com alergia grave ao ovo;
  • Pessoas que vivem com HIV e que tem contagem de células CD4 menor que 350;
  • Pessoas em de tratamento com quimioterapia/radioterapia;
  • Pessoas portadoras de doenças autoimunes;
  • Pessoas submetidas a tratamento com imunossupressores (que diminuem a defesa do corpo).

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