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Mostra Ecofalante de Cinema estreia nesta quinta-feira em São Paulo

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A 12ª Mostra Ecofalante de Cinema, com abertura nesta quinta-feira (1º), em São Paulo, destaca questões relacionadas aos povos indígenas e ao racismo por meio do enredo de filmes. Com 101 películas que integram a programação de 39 países, o evento é gratuito, em 25 salas e vai até o dia 14 próximo. 

Para Chico Guariba, diretor da promoção, ela reflete grandes temas socioambientais que estão sendo discutidos no Brasil e em outros países. “[Com] a questão do racismo e dos povos originários, vem crescendo a importância dessas discussões no mundo. Evidentemente que no Brasil também a produção [do cinema] é um termômetro do que aconteceu nesses últimos anos”, opinou. 

“O cinema tem uma grande ferramenta para se debater essas questões e tem sido crescentemente usado para isso. Esse é o momento em que há uma abundância de filmes sobre esses assuntos porque foram importantes e muito maltratados pela sociedade e pelo último governo em especial, mas os povos originários e as questões raciais foram muito dilapidados ao longo desses anos”, acrescentou. 

Em destaque, estão filmes nacionais como Cinzas da Floresta, que registra uma expedição pela Amazônia, Cerrado, Pantanal e Mata Atlântica com o ativista conhecido como Mundano. Já o filme Escute, A Terra Foi Rasgada, registra o acampamento Luta pela Vida, em Brasília. 

Em A Invenção do Outro, o diretor Bruno Jorge mostra uma expedição da Funai ao Vale do Javari, na Amazônia, para tentar estabelecer contato com  indígenas Korubos, que são isolados. Nesta obra, o público poderá ver a atuação de Bruno Pereira (foto), símbolo da preservação do meio ambiente. Ele foi assassinado, na Amazônia, no ano passado juntamente com o jornalista britânico Dom Phillips (foto)

“Há 26 filmes que discutem a questão dos povos indígenas, isso é muito bacana, isso está desde a [seção] Mostra Histórica, que a gente discute o colonialismo, até na [seção] Contemporânea, mas principalmente presente na competição latino-americana”, salientou Guariba. A mostra contempla ainda temas como racismo ambiental, o futuro da energia, desmatamento e economia. 

Filmes premiados

Na programação, estão também filmes premiados em festivais como Cannes, Berlim, Cinéma du Réel, CPH:DOX e Tribeca, ao lado de produções em pré-estreia mundial ou inéditas no Brasil.

Há ainda títulos recentes assinados por cineastas como Jorge Bodanzky, Abigail Disney, Gabriela Cowperthwaite, Eduardo Coutinho, Paul Leduc, Gillo Pontecorvo, Ousmane Sembène, Safi Faye, Marta Rodríguez, Jorge Sanjinés, William Klein. 

Em uma das seções – denominada Panorama Internacional Contemporâneo, com 27 filmes de 26 países – a mostra traz uma seleção de títulos abordando questões ligadas ao racismo e o legado do colonialismo e suas consequências socioambientais. Entre eles, estão Filhos do Katrina, Duas Vezes Colonizada e Uma História de Ossos

Uma sessão infantil está incluída na programação, com a projeção do longa A Viagem do Príncipe, de Jean-François Laguionie e Xavier Picard, filme que foi exibido nos festivais de Locarno, Roterdã, BFI Londres e na Mostra Internacional de Cinema, em São Paulo.

Fonte: EBC GERAL

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BRASIL

Pedro Paulo quer políticas para advogados com deficiência

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Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.

A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.

“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.

A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.

“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.

A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.

 

Fonte: ELEIÇÕES OAB MT

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