O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comunicou os ministros Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais) que estuda a possibilidade de fazer uma reforma ministerial. O governante está insatisfeito com o comportamento do União Brasil e cogita convidar o Progressistas e o Republicanos para estarem no Palácio do Planalto.
A insatisfação do petista também atinge o PSD e MDB. Em conversa com o colunista João Revedilho, um parlamentar disse que as escolhas não tiveram ‘dedos’ dos partidos. Ele vê a nomeação dos ministros dos três patidos como forma de ‘gratidão’ de Lula pela ajuda na campanha eleitoral.
Para poder mexer em ministérios, Lula avalia o impacto tanto na Câmara quanto no Senado. Auxiliares lembraram ao presidente que a situação dele é diferente em relação a Jair Bolsonaro (PL-RJ) nos começo de mandato.
Aliados destacaram que Bolsonaro não tinha base sólida com deputados e senadores. Já o atual governante do país tem sofrido na Câmara, mas vem conquistando vitórias no Senado.
Há muita preocupação com as mexidas que Lula possa vir fazer e algumas perguntas buscam respostas:
– Trocar o União Brasil pelo Progressistas e Republicanos fará com que o governo tenha base sólida nas duas Casas?
– O grupo de Renan Calheiros aceitará passivamente a influência de Arthur Lira no Palácio do Planalto?
– Se o Progressistas entrar no governo, Ciro Nogueira continuará fazendo oposição?
– MDB e PSD demonstram fidelidade no Senado, mas votam contra na Câmara. Qual solução para os dois partidos?
– O trabalho de Padilha e Rui Costa não precisa sofrer modificações?
– Ao ceder para Lira, Lula não poderá se tornar um presidente decorativo?
Outra possibilidade também levantada por Lula é manter o União Brasil com os ministérios, mas nomear Elmar Nascimento em uma pasta e permitir que ele indiquei uma outra pessoa para o outro setor. A avaliação é que o deputado consiga levar cerca de 50 votos para a base do governo.
Lula inicia corpo a corpo em Brasília
Na semana passada, Lula promoveu um churrasco com líderes da base governista e ministros e prometeu participar mais do dia a dia de Brasília. O petista declarou que vai negociar pessoalmente com os partidos para que projetos sejam aprovados no Congresso.
Nesta quarta-feira (31), ao se reunir com ministros, o presidente escutou novamente a necessidade de estar presente nas negociações. Poucas horas depois, ligou para Lira e recebeu o recado de que é preciso fazer uma reforma ministerial para “começar do zero” a relação com a Câmara, segundo relatou o colunista Valdo Cruz, da GloboNews.
Único candidato de oposição na eleição da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso, o advogado Pedro Paulo garantiu que, caso eleito, a entidade terá a menor anuidade do Brasil. A iniciativa é uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB”, que assegura ainda a implantação da isenção da taxa, por um ano, para o advogado que estiver iniciando a carreira.
Atualmente, a advocacia mato-grossense desembolsa cerca de R$ 1.018 de anuidade. De acordo com Pedro Paulo, mesmo com um orçamento estimado na casa dos R$ 22 milhões, a Seccional de Mato Grosso cobra um dos valores mais caros do país. O candidato concedeu entrevistas, nesta quarta-feira (06), tanto para a tv quanto para a rádio Vila Real.
O advogado criticou a fala de membros ligados à atual gestão da OAB-MT que afirmam ser impossível implantar as iniciativas. “Sabe por que eles dizem que não é possível fazer? Porque para eles está cômodo. Se a OAB tiver responsabilidade com a receita, consegue colocar em prática. Basta querer. Nós vamos fazer, pois não há impedimento para isso”, afirmou.
Um dos pontos apontados por Pedro Paulo que dificultam, hoje, que a administração da Ordem execute as medidas é o excessivo gasto com festas, marketing e viagens. Ele argumentou ainda que é comum que jovens advogados do estado enfrentem dificuldades para começar e, diante disso, é primordial que a instituição ofereça todo apoio possível a esses profissionais.
“A OAB-MT tem uma receita projetada de algo em torno de 22 milhões. Se a gente reduzir os gastos exagerados, é possível, sim, isentar a anuidade ou cobrar um valor simbólico para o jovem advogado. Eu já passei por essa situação, de precisar e não ter esse suporte, por isso fiz questão de colocar essa proposta no nosso programa de governo”, relatou.
A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. A eleição para diretoria da Seccional Mato Grosso, pelo triênio 202/2027, acontece no dia 18 de novembro.