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Política Nacional

Lula desembarca no Japão para Cúpula do G7

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já desembarcou em Hiroshima, no Japão, onde participa do segmento de engajamento externo da Cúpula do G7, reunião de líderes de sete das maiores economias do mundo: Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá. A comitiva presidencial chegou ao país asiático pouco antes do previsto, no início da tarde desta quinta-feira (18), madrugada de sexta-feira (19) no horário local.

Esta é a sétima vez que Lula participa como convidado do encontro do G7. As seis participações anteriores ocorreram nos dois primeiros mandatos, entre os anos de 2003 e 2009. Desde então, o Brasil não comparecia a um encontro do grupo.

Além do Brasil, também foram convidados os líderes de Índia, Indonésia, Austrália, Ilhas Cook, Comores, Coreia do Sul, Vietnã e representantes das Nações Unidas, do Fundo Monetário Internacional (FMI), do Banco Mundial, da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), da Agência Internacional de Energia, da Organização Mundial de Saúde (OMS), da Organização Mundial do Comércio(OMC) e da União Europeia.

Lula estará presente em três sessões temáticas do G7 com os países e organismos convidados, quando debaterão sobre os desafios contemporâneos, como segurança alimentar, saúde, gênero e democracia; sobre questões ambientais, enfrentamento das mudanças climáticas e transição energética; e sobre paz, prosperidade e desenvolvimento.

A guerra entre Rússia e Ucrânia também estará nas mesas de debate durante a cúpula. O tema é uma das prioridades para Lula, que tenta organizar um grupo de países neutros para negociar um acordo de paz. O governo brasileiro trabalha para que uma das declarações finais do G7 reflita a visão do Brasil a respeito da guerra e acredita que deve haver um consenso em relação à segurança alimentar.

A invasão da Ucrânia pela Rússia começou em fevereiro de 2022 e já deixou milhares de mortos e refugiados, além de impactar na produção e distribuição global de alimentos e energia.

O presidente também já tem sete encontros bilaterais confirmados, com o primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese; o presidente da Indonésia, Joko Widodo; o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida; o presidente da França, Emmanuel Macron; o primeiro-ministro da Alemanha, Olaf Scholz; o primeiro-ministro do Vietnã, Pham Minh Chinh; e com o secretário-geral da ONU, António Guterres.

O único compromisso desta sexta-feira, às 17h (5h no fuso de Brasília), é a reunião com o primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese.

Na agenda dos dias 20 e 21, estão os demais encontros bilaterais e as sessões do G7.

O embarque de volta ao Brasil ao Brasil está previsto para a manhã de segunda-feira (22), domingo à noite no horário de Brasília.

Fonte: EBC Política Nacional

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Política Nacional

Lula demite Silvio Almeida após denúncias de assédio sexual

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu na noite desta sexta-feira (6) demitir o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, depois das denúncias de assédio sexual. 

“O presidente considera insustentável a manutenção do ministro no cargo considerando a natureza das acusações de assédio sexual”, informou a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em nota.

A Polícia Federal abriu investigação sobre o caso. A Comissão de Ética Pública da Presidência da República também abriu procedimento preliminar para esclarecer os fatos.

“O governo federal reitera seu compromisso com os Direitos Humanos e reafirma que nenhuma forma de violência contra as mulheres será tolerada”, completou a nota. 

Silvio Almeida estava à frente do ministério desde o início de janeiro de 2023. Advogado e professor universitário, ele se projetou como um dos mais importantes intelectuais brasileiros da atualidade ao publicar artigos e livros sobre direito, filosofia, economia política e, principalmente, relações raciais.

Seu livro Racismo Estrutural (2019) foi um dos dez mais vendidos em 2020 e muitos o consideram uma obra imprescindível para se compreender a forma como o racismo está instituído na estrutura social, política e econômica brasileira. Um dos fundadores do Instituto Luiz Gama, Almeida também foi relator, em 2021, da comissão de juristas que a Câmara dos Deputados criou para propor o aperfeiçoamento da legislação de combate ao racismo institucional.

Acusações

As denúncias contra o ministro Silvio Almeida foram tornadas públicas pelo portal de notícias Metrópoles na tarde desta quinta-feira (5) e posteriormente confirmadas pela organização Me Too. Sem revelar nomes ou outros detalhes, a entidade afirma que atendeu a mulheres que asseguram ter sido assediadas sexualmente por Almeida.

“Como ocorre frequentemente em casos de violência sexual envolvendo agressores em posições de poder, essas vítimas enfrentam dificuldades em obter apoio institucional para validação de suas denúncias. Diante disso, autorizaram a confirmação do caso para a imprensa”, explicou a Me Too, em nota.

Segundo o site Metrópoles, entre as supostas vítimas de Almeida estaria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que ainda não se pronunciou publicamente sobre o assunto.

Horas após as denúncias virem a público, Almeida foi chamado a prestar esclarecimentos ao controlador-geral da União, Vinícius Carvalho, e ao advogado-geral da União, Jorge Messias. A Comissão de Ética da Presidência da República decidiu abrir procedimento para apurar as denúncias. A Secretaria de Comunicação Social (Secom) informou, em nota, que “o governo federal reconhece a gravidade das denúncias” e que o caso está sendo tratado com o rigor e a celeridade que situações que envolvem possíveis violências contra as mulheres exigem”. A Polícia Federal (PF) informou hoje que vai investigar as denúncias.

Em nota divulgada pela manhã, o Ministério das Mulheres classificou como “graves” as denúncias contra o ministro e manifestou solidariedade a todas as mulheres “que diariamente quebram silêncios e denunciam situações de assédio e violência”. A pasta ainda reafirmou que nenhuma violência contra a mulher deve ser tolerada e destacou que toda denúncia desta natureza precisa ser investigada, “dando devido crédito à palavra das vítimas”.

Pouco depois, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, publicou em sua conta pessoal no Instagram uma foto sua de mãos dadas com Anielle Franco. “Minha solidariedade e apoio a você, minha amiga e colega de Esplanada, neste momento difícil”, escreveu Cida na publicação.

Fonte: EBC Política Nacional

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