Moura veio a Sorriso para falar sobre a certificação de propriedades com crédito de carbono. Apesar de parecer difícil a discussão, na prática é fácil de entender: a geração e créditos consiste na compra do ativo ambiental dos produtores rurais, ou seja, aquela área que o produtor poderia desmatar, mas que optou deixar a vegetação em pé, seja floresta ou cerrado, pode gerar uma renda extra. Não tem a safra da soja, do milho? Então, esta safra (dos créditos de carbono) é garantida simplesmente pelo fato de se manter a vegetação nativa preservada.
Mas para poder comercializar esse ativo ambiental, os produtores precisam que suas propriedades passem por certificação de empresa especializada. A proposta que Moura apresenta é de uma certificação com contrato de até dez anos, revisão anual com análise e monitoramento da área certificada. “Hoje, as empresas que realizam esse trabalho exigem contrato de 20, 30 anos e o produtor não pode assumir a responsabilidade por tanto tempo, pois pode ocorrer um incêndio, algo que prejudique a área preservada e o agricultor assume responsabilidades sobre essa área”, explica.
Para ser certificada, uma propriedade passa por análise do solo; carbono; qualidade da água; impacto social com acompanhamento das condições de trabalho ofertadas e biodiversidade. “É um trabalho complexo e demorado”, acrescenta Moura. “Hoje realizamos certificação nos biomas cerrado, caatinga, área amazônica e de Mata Atlântica”, diz.
Conforme Ari, a discussão sobre créditos de carbono já é recorrente junto aos produtores sorrisenses. “É compromisso do mundo zerar emissões de carbono até 2030; dessa forma, o país que não conseguir zerar internamente precisará comprar esses créditos para compensação; essa é uma discussão oportuna e atual com foco na sustentabilidade”, completa o prefeito.
E pensando em sustentabilidade, a Administração de Sorriso já está engajada nessa discussão. Veja mais em: