As temperaturas globais devem aumentar e bater recordes nos próximos cinco anos, segundo a Organização Mundial Meteorológica (OMM). A causa seria o efeito estufa e o fenômeno El Niño.
O aquecimento mundial deve ultrapassar 1.5°C entre 2023 e 2027, segundo a agência da Organização das Nações Unidas (ONU). O relatório da entidade diz que a probabilidade disso acontecer é de 66%.
Limite seguro
O aumento de 1.5°C é chamado de aquecimento seguro dentro da meteorologia. Essa é a taxa que podemos alcançar até o final do século para evitar consequências climáticas irreversíveis. No ano de 2022, a média de temperatura global foi de 1.15°C acima do considerado entre 1850-1900.
Petteri Taalas, secretário-geral da OMM , afirmou que o relatório não indica que a humanidade vem excedendo a taxa de 1.5°C, mas que serve de alerta para os próximos anos.
El Niño
Segundo o documento da organização, o El Niño irá evoluir nos próximos meses e trará grandes impactos para as temperaturas globais, chegando a “patamares desconhecidos”.
O fenômeno é uma diminuição na velocidade ventos alísios que vão em direção ao Equador, o que torna as águas dos Oceanos Índico e Pacífico mais quentes por terem essa desaceleração na transferência de calor.
O El Niño atuou fortemente em 2016, o ano mais quente da Terra até hoje. Segundo a ONU, é esperado que ele as temperaturas globais já no próximo ano.
O El Niño “se combinará com as mudanças climáticas induzidas pelo homem para empurrar as temperaturas globais para um território desconhecido”, afirmou o secretário-geral da OMM.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.