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Agronegócio

Falta de conectividade no campo prejudica a produtividade e traz prejuízos ao agronegócio

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A conectividade no campo se tornou um assunto de muita relevância para o agronegócio e produtores modernos. Afinal, além de máquinas e implementos agrícolas já virem de fábrica com predisposição para conexão com a internet, com um simples smartphone ou tablet, é possível gerenciar a produtividade, a eficiência e a economia de todos os processos da propriedade.

Preocupado com isso, recentemente o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), em parceria com a Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, da Universidade de São Paulo (ESALQ/USP), realizou uma pesquisa e constatou que mais de 70% das propriedades rurais no Brasil não têm acesso à internet.

A pesquisa mostra que se fosse disponibilizada a tecnologia 4G (nem precisava ser a mais recente 5G) para as 4.400 torres de telefonia móvel já existes, isso traria um incremento de R$ 47,56 bilhões (4,5% a mais) sobre o Valor Bruto da Produção (VBP) agropecuária brasileira.

A mesma pesquisa mostrou que se fossem instaladas mais 15.182 conjuntos torre/antena, poderiam se obter uma cobertura de 90% da demanda de conectividade no campo, e que o impacto de tal incremento na cobertura de sinal de internet móvel contribuiria com um aumento de 9,6% no VBP agropecuário brasileiro, o que representaria um valor de R$ 101,47 bilhões.

Para Isan Oliveira de Rezende, presidente da Federação dos Engenheiros Agrônomos do Estado de Mato Grosso (Feagro-MT) essa falta de conectividade no campo causa prejuízos. “Os tratores, as colheitadeiras, os implementos agrícolas já vêm equipamentos com toda essa tecnologia e precisam da internet para uma agricultura de precisão. Como não tem a rede o agricultor tem um valor agregado de tecnologia que não pode usar”.

“O impacto resultante da implementação dessas novas tecnologias na produção agrícola, justifica uma intervenção da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que deveria notificar às empresas de celular, para que instalem 4G e 5G nas áreas na zona rural”, prega o Presidente da Feagro.

COMO FUNCIONA – A conexão de internet no campo é parecida com a existente nas áreas urbanas. A distinção do sistema está no alcance e na oferta de conexão de rede em áreas específicas.

Existem variados tipos de rede para conexão de internet, como via satélite, fibra óptica, rádio, ADSL, 3G/4G, entre outras. Independentemente da opção contratada, seja por escolha, seja porque é a única opção ofertada na região, em basicamente todas existe a cobrança de uma taxa de adesão ou de instalação, conforme a empresa contratada.

Quais são seus benefícios?
Provavelmente, você já percebeu que a agricultura sustentável, conectada e digitalizada já é realidade no campo. Esse direcionamento está progredindo no Brasil e, mesmo diante dos obstáculos, a conectividade no campo é uma realidade.

Porém, ainda é possível se perguntar se ter equipamentos conectados pode proporcionar o retorno que faça o investimento valer a pena. Então, para destacar esse ponto, listamos os principais benefícios que o uso de máquinas conectadas pode agregar ao seu negócio.

Decisões baseadas em dados
Com máquinas conectadas no campo, o produtor rural pode coletar dados nas operações e produzir mapas em todas as fases da safra. Eles simplificam a visualização das operações, com seus resultados e relatórios.

Desse modo, o empreendedor poderá criar estratégias para a próxima safra corrigindo os problemas que foram detectados.

É possível até mesmo obter previsões relacionadas ao clima da região, observando dados de aspectos mais comuns e de como ocorrem as adaptações de acordo com as características meteorológicas e geográficas. Sabemos que o clima é um fator impactante para o agronegócio, então uma estimativa como essa se faz muito útil.

Acompanhamento do desempenho nas operações
Além de produzir um histórico da plantação, a conectividade permite, por meio dos maquinários agrícolas e softwares de monitoramento, fazer o acompanhamento do trabalho em tempo real. Assim, é possível conferir o gasto, o desempenho e o tempo utilizado em cada operação.

Recebimento de alertas de falhas para evitar custos e prejuízos
Caso exista algum erro no trabalho, como no plantio, na colheita ou na pulverização, é possível receber um alerta emitido pela própria máquina. Algumas, inclusive, fazem a correção automaticamente para não gerar prejuízos.

Redução de gastos a partir do manejo direcionado e certeiro
A tecnologia de aplicação por meio de maquinários agrícolas conectados faz bastante diferença nos seus resultados! Com o monitoramento online, você pode perceber pragas e doenças com mais rapidez, além de mapear problemas gerados por outros fatores, como água ou nutrientes.

Além disso, a tecnologia permite o uso mais adequado de insumos, uma vez que, com ela, você consegue identificar a demanda nutricional das plantas e, assim, aplicar apenas a quantidade necessária nelas — de acordo também com o que já há disponível no solo.

Acompanhamento de resultados à distância
As máquinas com conectividade no campo possibilitam o monitoramento da lavoura na palma da mão, em qualquer momento e de onde você estiver. Enquanto trabalham, é possível acompanhar de forma online a atividade, utilizando dispositivos móveis, como smartphones ou tablets.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Cooperativismo agrícola ganha destaque como motor de desenvolvimento sustentável e social

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O cooperativismo no Brasil e no mundo exerce um papel cada vez mais relevante, especialmente no contexto agrícola. De acordo com a Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), o país conta com mais de 4.500 cooperativas, das quais 71,2% são voltadas à agricultura familiar, um setor essencial para a produção de alimentos.

No âmbito global, existem mais de três milhões de cooperativas com cerca de um bilhão de membros, representando 12% da população mundial. Esse movimento tem sido destacado como um fator chave para o desenvolvimento social e econômico, especialmente em eventos de grande relevância, como a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2024 (COP29), que termina amanhã (22.11) em Baku, Azerbaijão.

De acordo com o Anuário do Cooperativismo Brasileiro, existiam em 2023, um total de 4.693 cooperativas no Brasil:

1185 do Setor Agropecuário
235 do Setor de Consumo
728 do Setor de Crédito
284 do Setor de Infraestrutura
720 do Setor de Saúde
655 do Setor de Trabalho, Produção de Bens e Serviços
886 do Setor de Transporte

As cooperativas Agropecuárias possuem mais de 1 milhão de cooperados e representam uma força significativa na produção e comercialização de alimentos e matérias-primas.

O cooperativismo no setor agrícola vai além da produção de alimentos e da geração de lucro. Ele se transforma em uma ferramenta poderosa de desenvolvimento sustentável, proporcionando vantagens econômicas tanto para o agricultor quanto para o meio ambiente.

As 10 maiores e quanto faturaram segundo dados da Forbes Agro100 2023:

  • COAMO – R$ 26,07 bilhões
  • C. VALE – R$ 22,44 bilhões
  • LAR COOPERATIVA – R$ 21,07 bilhões
  • COMIGO – R$ 15,32 bilhões
  • COCAMAR – R$ 10,32 bilhões
  • COOXUPÉ – R$ 10,11 bilhões
  • COPERCITRUS – R$ 9,03 bilhões
  • COOPERALFA – R$ 8,41 bilhões
  • INTEGRADA COOPERATIVAS – R$ 8,32 bilhões
  • FRÍSIA Agroindustrial – R$ 7,06 bilhões

Matheus Kfouri Marinho, presidente do Conselho de Administração da Coopercitrus, destacou em seu discurso na COP29 que a adoção de práticas sustentáveis, como a integração lavoura-pecuária-floresta e o uso de tecnologias de precisão, gera economia para os produtores e, ao mesmo tempo, reduz o impacto ambiental. Essa visão inovadora evidencia o potencial do cooperativismo como um catalisador de práticas agrícolas mais responsáveis.

A importância do cooperativismo no Brasil é ainda mais evidente, considerando que ele representa mais de um milhão de produtores rurais. Como explicou Eduardo Queiroz, coordenador de Relações Governamentais do Sistema OCB, as cooperativas têm uma presença vital no cotidiano dos brasileiros, sendo responsáveis por metade dos alimentos consumidos no país, desde o café até a carne.

Além disso, as cooperativas facilitam a comunicação direta com o produtor rural, permitindo discussões sobre sustentabilidade e práticas agrícolas mais eficazes. Exemplos como o da Cooxupé, que oferece educação ambiental e muda para a preservação do meio ambiente, e o projeto Gerações, que busca promover melhorias nas propriedades rurais, reforçam o papel fundamental das cooperativas no desenvolvimento de uma agricultura mais sustentável e socialmente responsável.

Fonte: Pensar Agro

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