A Assembleia Nacional da Nicarágua anunciou nesta última quarta-feira (10) a aprovação da revogação do decreto 357, que estabeleceu a criação da Cruz Vermelha no país em 1958 — medida fechou a instituição no país, coroando uma repressão que levou o governo a expulsar ordens religiosas, instituições de caridade e grupos cívicos .
Ao mesmo tempo, foi promulgada uma nova lei que estabelece a criação de uma entidade sucessora vinculada ao Ministério da Saúde .
Durante a exposição de motivos apresentada pelos legisladores, enfatizou-se que a Cruz Vermelha violou suas próprias regras ao não agir de maneira neutra e imparcial durante os protestos contra o regime em 2018.
O governo classificou esses protestos como uma tentativa fracassada de golpe de estado, conforme relatado pela mídia oficial El 19 digital .
Além disso, os legisladores destacaram que a Cruz Vermelha não apresentou demonstrações financeiras adequadas e não verificou a identidade de seus doadores, além de não manter o registro atualizado no Ministério do Interior.
De acordo com a nova lei, todos os ativos da Cruz Vermelha serão confiscados pelo Estado e transferidos para a administração dessa nova entidade descentralizada, que ficará subordinada ao Ministério da Saúde.
“A Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (FICV) está profundamente preocupada com a dissolução de nossa Sociedade Nacional membro, a Cruz Vermelha Nicaraguense”, disse em nota a organização.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.