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Público diz adeus a Rita Lee no planetário do Ibirapuera em São Paulo

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O velório da cantora Rita Lee ocorre na manhã desta quarta-feira (10) no planetário do Parque Ibirapuera, na capital paulista. As filas de fãs e admiradores para se despedir da artista, conhecida como a rainha do rock, começaram cedo. Por volta das 10h, o público começou a entrar no local onde está o corpo da cantora. No teto do  planetário, está sendo exibido o céu do dia em que Rita Lee nasceu, em 31 de dezembro de 1947.

A cantora foi diagnosticada com câncer de pulmão em 2021 e desde então tratava da doença. A família confirmou a morte nas redes sociais dela nessa terça-feira (9). Ela morreu em sua residência, em São Paulo, no final da noite de segunda-feira. “Cercada de todo amor e de sua família, como sempre desejou”, informou o comunicado da família.

O velório segue até as 17h. Em seguida, o corpo será cremado em uma cerimônia particular, conforme desejo de Rita. 

Homenagens

Luigi Milone Leta, 13 anos, veio do Rio de Janeiro com a mãe Mariana Milone, 43 anos. “Sou muito fã da Rita, há muito pouco tempo, uns dois anos, mas a minha vida mudou desde que eu a conheci. Eu não sou a mesma pessoa e ela abriu a minha cabeça para um monte de coisa. Eu não estava preparado pra ver ela assim, mas eu a amo”, declarou. 

Ele conta que a música Orra Meu é a sua preferida, pelo “deboche”. Luigi diz se sentir inspirado pelo espírito livre da artista. “Pela modernidade dela, numa época tão sombria, da ditadura militar, de 1964, ela desacatou autoridades. Ela pode fazer o que ela quiser, para mim isso é uma grande influência, até hoje, parece que o mundo está melhor, a gente ainda precisa de muita Rita Lee para aprender.”

A mãe do adolescente, Mariana, se diz orgulhosa do filho. “Eu admiro muito o Luigi. Desde pequenininho, ele gosta muito de arte e eu incentivo muito. E não só gosta da Rita Lee, mas do Chico Buarque, do Caetano Veloso, que realmente são compositores incríveis e que revolucionaram o mundo”, afirmou à Agência Brasil

Débora Antunes, 28 anos, que é atleta, atriz e estudante de ciências sociais, também fez questão de se despedir. “A Rita compõe parte da minha identidade. Formou parte de quem eu sou. Ela foi  muito importante pra mim num período da minha vida, em que eu li a autobiografia dela. Eu estava em outro país e foi um período muito desafiador. Me identifiquei muito com ela, ouvia muitas músicas e percebi que aquilo me empoderava, me dava força. Quem ela era, representava meu lado que, às vezes, eu tinha medo de ser”. 

O escrevente do Judiciário, Luiz dos Reis, 57 anos, lembrou do primeiro disco de vinil que comprou. “Era o álbum Saúde. Comprei quando morava em Minas Gerais, em Sebastião do Paraíso. Era adolescente. Era uma coisa cara e rara, disco de vinil era pra poucos. Eu ouvia várias vezes, até o disco furar, acompanhando a letra no encarte”, lembra com saudosismo. Ele descreve Rita como uma multiartista que teve grande influência na sua vida. “Ela meteu umas coisas na minha cabeça. Para mim, é revolucionária, contestadora, provocadora, irreverente, politizada, um símbolo feminista.”

O Ibirapuera foi escolhido para a cerimônia de despedida por ser um local afetivo para Rita Lee, chamado por ela de “floresta encantada”.

O filho da cantora, João Lee, retomou a mensagem postada ontem nas redes sociais em que descreve os pais como heróis. “São eles que acabam definindo quem somos. Com certeza, se você perguntar pra uma criança quem é o herói dela, você vai ter uma chance muito grande de saber quem essa criança vai ser ao longo da vida”, disse à imprensa. Ele disse ter sido um privilégio a convivência com a mãe. “Não sei se conheci uma pessoa tão igual na minha vida, mas tive o privilégio de ter passado 43 anos com ela, aprendendo demais, recebendo os valores dela. Pra mim, vai ser eterna. Acho que pra todo mundo.”

João lembrou as muitas realizações da mãe ao longo da carreira: shows, turnês, discos, cenografia, roupa. “É uma loucura a quantidade de realizações que ela teve. Mas não é por isso que é minha heroína, é pela simplicidade, dignidade, pela honestidade, que ela vivia dia a dia, mês a mês. É uma loucura a honestidade dela, de lidar com as pessoas, entender as pessoas, a forma que tinha de se comunicar com o público, com o mundo, era uma pessoa muito única”, acrescentou.

Fonte: EBC GERAL

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BRASIL

Pedro Paulo quer políticas para advogados com deficiência

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Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.

A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.

“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.

A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.

“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.

A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.

 

Fonte: ELEIÇÕES OAB MT

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