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BRASIL

Brasilidade une 14 artistas em exposição no Convento do Carmo no Rio

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O Centro Cultural da Procuradoria-Geral do Estado do Rio de Janeiro (PGE-RJ) inaugurou nesta sexta-feira (5) a exposição Nuances de Brasilidade: Repertório, que reúne obras de 14 artistas brasileiros ou naturalizados, pertencentes a quatro coleções particulares. A entrada é gratuita. A mostra ficará aberta ao público até o dia 16 de setembro, com funcionamento de terça-feira a sábado, das 10h às 18h.

Para essa exposição, a curadora Cecília Fortes recorreu a obras de colecionadores particulares do Rio de Janeiro, que permitiram a seleção das peças. “A ideia de trabalhar com obras de coleções particulares foi justamente para a gente poder dar oportunidade de mais pessoas verem esses trabalhos. Porque, como eles são de coleções particulares, acaba que um público restrito tem acesso a essas obras. E a obra de arte atinge sua potência máxima no contato com os espectadores. Quanto mais gente poder ver a obra, mais ela reverbera”, garantiu a curadora.

Os colecionadores preferiram não se identificar. “Mas são amantes das artes, comentadores”. Segundo Cecília, o grande desafio para montar a exposição foi pensar qual seria o fio condutor, isto é, a narrativa que uniria peças de diferentes coleções que têm diferentes personalidades. Foram selecionadas então obras de artistas brasileiros, alguns naturalizados brasileiros, incluindo desde ícones das artes visuais até jovens talentos. “Essa é uma das nossas diretrizes. A gente vem sempre trabalhando com artistas nacionais e unindo artistas renomados com jovens talentos, que é uma forma de dar visibilidade para quem está adentrando à cena artística também”.

Brasilidade

Foram selecionadas obras que abordam o conceito de brasilidade em três vertentes. A brasilidade das obras pode ser percebida seja através do tema escolhido; pelos materiais escolhidos para a produção daquela obra; e, finalmente, pela influência da cultura local e da natureza no autor daqueles trabalhos. “Daí o título da mostra ser Nuances de Brasilidade: Repertório, porque acaba que a gente tem ali um repertório amplo de obras e perfis variados, mas que têm como traço em comum essas nuances de brasilidade”, explicou a curadora.

Entre os artistas participantes estão Abraham Palatnik, Emanoel Araújo, Ernesto Neto, Frans Krajcberg, José Bechara, Kilian Glasner, Luiz Braga, Luiz Zerbini, Mario Cravo Neto. Miguel Rio Branco, OSGEMEOS, Rubem Valentim, Santídio Pereira e Wagner Malta Tavares.

Esta é a terceira mostra de arte apresentada no Convento do Carmo, prédio histórico situado na Praça XV, região central da capital fluminense, que foi restaurado pela PGE-RJ e reaberto ao público em maio de 2022.

Conhecendo arte

Cecília Fortes comentou que o interessante é que, muitas vezes, as pessoas passam no local e se interessam em visitar o edifício histórico. “São pessoas que não são, necessariamente, conhecedoras de artes visuais. Mas a gente tem a preocupação de colocar ao lado de cada obra um breve descritivo, seja do trabalho ou da trajetória do artista. A nossa proposta é ser uma porta de entrada para quem ainda não é tão entendedor de artes visuais poder se aproximar. Tirar aquela barreira de que o público que gosta de arte tem que ser culto ou acadêmico, ou que tenha possibilidades financeiras de ser um colecionador. A gente quer trazer arte para um público que, às vezes, tem pouco contato e que, ali, começa a entender um pouco mais”.

A exposição está aberta também para grupos de escolas. As visitas guiadas podem ser agendadas pelo e-mail. Não há restrição de dias para as visitas dos estudantes, afirmou Cecília Fortes.

Fonte: EBC GERAL

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BRASIL

PF cumpre mandado em Cuiabá sobre venda de sentença no Judiciário

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Por Fabio Serapião

Da folhapress Brasilia

A Polícia Federal cumpre, na manhã desta quinta (24), mandados de busca e apreensão em uma investigação sobre venda de sentenças que envolve cinco desembargadores do Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul.

Cinco desembargadores foram afastados dos cargos. Além das buscas, também há medidas como proibição de acesso às dependências de órgão público, vedação de comunicação entre investigados e uso de tornozeleira eletrônica.

Um mandado de busca e apreensão foi cumprido, na manhã desta quinta-feira (24), em um condomínio de luxo em Cuiabá,

O alvo seria um lobista e as investigações apontam para a ligação com morte do advogado Roberto Zampieri.

A ação foi batizada de Ultima Ratio e investiga os crimes de corrupção em vendas de decisões judiciais, lavagem de dinheiro, organização criminosa, extorsão e falsificação de escrituras públicas no Poder Judiciário.

Os mandados de busca foram expedidos pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) e são cumpridos por cerca de 200 policiais federais em Campo Grande (MS), Brasília (DF), São Paulo (SP) e Cuiabá.

A investigação sobre a comercialização de sentença teve apoio da Receita e é um desdobramento da operação Mineração de Ouro, deflagrada pela PF em 2021.

Na primeira fase, a investigação tinha como foco a suposta participação de integrantes do Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul em uma organização criminosa.

O nome da operação teve como origem a descoberta de que a aquisição de direitos de exploração de mineração em determinadas áreas eram utilizadas para lavagem de dinheiro proveniente do esquema.

Esse não é o único caso relacionado a venda de sentença judicial em investigação no âmbito do STJ.

Um ministro do próprio tribunal está na mira da PF sob suspeita de venda de sentença.

CASO ZAMPIERI – As investigações que chegaram às suspeitas sobre o STJ se iniciaram após o homicídio de um advogado em dezembro do ano passado, em Mato Grosso.

O caso levou ao afastamento de dois desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça).

O advogado Roberto Zampieri foi assassinado com dez tiros em dezembro passado.

Na ocasião, ele estava dentro do carro, em frente ao seu escritório em Cuiabá.

Em seu celular, havia mensagens que levantaram suspeitas de vendas de decisões por gabinetes de quatro ministros do STJ.

As investigações iniciais apontavam como uma das motivações processos de disputas de terras que tramitam no Tribunal de Justiça de Mato Grosso.

Outro caso de venda de sentenças ainda em andamento é no Tribunal de Justiça da Bahia.

Lá, a operação Faroeste se transformou no maior caso de venda de decisões judiciais do Brasil.

Nos últimos meses, duas desembargadores baianas se tornaram rés (uma delas pela segunda vez) no âmbito da operação, juízes do sul do estado foram afastados sob suspeita de irregularidades em questão fundiária e um magistrado da região oeste disse sofrer ameaças por julgar casos relacionados a grilagem.

No início de julho passado, a Corregedoria Nacional de Justiça decidiu fazer uma investigação diante de nova suspeita de irregularidades no tribunal, com convocação de testemunhas e análise de equipamentos eletrônicos.

Ao mesmo tempo, o corregedor nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, determinou uma apuração profunda sobre o tribunal, em decorrência de “gravíssimos achados”.

Entre eles, estão problemas na vara de Salvador encarregada de analisar casos de lavagem de dinheiro e organização criminosa. Há relatos de atrasos dos juízes em audiências, ineficiência e servidores da vara com temor de represálias de magistrados.

Cuiabá é uma das cidades alvo da Operação Ultima Ratio, que investiga supostos crimes de vendas de sentença, lavagem de dinheiro, organização criminosa, extorsão e falsificação de escrituras públicas no Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul. A ação foi deflagrada nesta quinta-feira (24), no estado vizinho.

Segundo a PF, são cumpridos 44 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça em Campo Grande (MS), Brasília (DF), São Paulo (SP) e Cuiabá.

A ação teve o apoio da Receita Federal e é um desdobramento da Operação Mineração de Ouro, deflagrada em 2021, na qual foram apreendidos materiais com indícios da prática dos referidos crimes.

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou o afastamento do exercício das funções públicas de servidores, a proibição de acesso às dependências de órgão público, a vedação de comunicação com pessoas investigadas e a colocação de equipamento de monitoramento eletrônico.

 

 

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