O presidente da Ucrânia, Volodmyr Zelensky, afirmou nesta quarta-feira (26) que o mundo deve impedir que a Rússia domine instalações nuclear e use-as para chantagear a Ucrânia. A declaração foi feita em referência ao aniversário de 37 anos do desastre na usina de Chernobyl.
O líder ucraniano usou a sua conta oficial do Twitter para afirmar que o acidente nuclear na usina localizada na cidade que fica no norte da Ucrânia deixou “uma enorme cicatriz em todo o mundo”.
“Há 37 anos, o acidente da central nuclear de Chornobyl deixou uma enorme cicatriz em todo o mundo. Já se passou mais de um ano desde a libertação da usina do invasor. Devemos fazer de tudo para impedir que o estado terrorista use instalações de energia nuclear para chantagear a Ucrânia e o mundo”, escreveu.
37 years ago, the Chornobyl NPP accident left a huge scar on the whole world. It’s been more than a year since the liberation of the plant from the invader. We must do everything to prevent the terrorist state from using nuclear power facilities to blackmail 🇺🇦 and the world. pic.twitter.com/q1QNDniXg4
Um uma outra publicação realizada no seu perfil do Telegram, Zelensky disse que a Rússia “voltou a expor o mundo ao perigo” no momento em que invadiu a usina. A invasão na instalação ocorreu no mesmo dia em que tropas russas iniciaram a guerra contra a Ucrânia, no dia 24 de fevereiro de 2022.
O presidente ucraniano também conversou nesta quarta-feira com o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica, Rafael Mariano Grossi. No telefonema, Zelensky disse que a usina de Zaporizhia só estará protegida de um novo desastre nuclear se a Ucrânia retomar o seu controle.
On the Chornobyl tragedy’s anniversary, I had a phone call with @IAEA Director @rafaelmgrossi . I stressed that only the return of 🇺🇦 full control over #ZNPP will protect the world from a new disaster. Thanked for the IAEA’s special program on medical support of 🇺🇦 nuclear workers
Chernobyl é conhecida no mundo inteiro por conta do maior desastre nuclear civil da história, que ocorreu em 26 de abril 1986. Toda a área foi isolada e o acesso é bastante restrito por conta do risco ainda existente de contaminação, mesmo com todas as obras para diminuir ao máximo a gestão dos restos nucleares do local.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.