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MATO GROSSO

Dia de Campo promovido pela Empaer apresenta desempenho do café Robusta Amazônico em MT

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Com o tema “Desempenho de cafeeiros Robustas Amazônicos no Cerrado Mato-grossense”, será realizado na sexta-feira (28) o Dia de Campo da Cultura do Café, no município de Tangará da Serra (239 km a Médio-Norte de Cuiabá), no Campo Experimental da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer). O evento é gratuito e começa às 8 horas. A duração prevista é de quatro horas, divididas entre palestras e aulas demonstrativas. Serão quatro especialistas que irão tratar sobre produção de mudas clonais de qualidade, implantação da lavoura, manejo de pragas e clones em avaliação.

O Dia de Campo será realizado pela Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf), por meio da Empaer, em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e Prefeitura Municipal de Tangará da Serra. O pesquisador da Empaer, Wininton Mendes da Silva, comenta que durante o evento serão apresentados os resultados preliminares do ensaio de competição de clones de cafeeiros Robustas, boas práticas agrícolas referentes ao preparo da área e manejo de pragas e doenças.

“Pela experiência exitosa do estado vizinho, Rondônia, os cafeicultores de Mato Grosso estão investindo no uso de cultivares clonais modernas e adaptadas às condições amazônicas e no uso de insumos, como adubação, irrigação e uso de defensivos agrícolas”, esclarece.

Conforme Wininton, o processo de modernização foi fomentado e impulsionado pelo Governo do Estado e por prefeituras dos principais municípios produtores de café do Norte e Noroeste de Mato Grosso. Para a escolha das melhores cultivares foi realizado um estudo para seleção dos genótipos com maior adaptação nos principais polos produtores de café. Para avaliar o desempenho dos materiais genéticos foram instaladas duas unidades de pesquisa nos municípios de Tangará da Serra e em Sinop.

“O objetivo do Dia de Campo é mostrar os resultados preliminares e chamar a atenção dos cafeicultores quanto aos aspectos relacionados ao manejo sustentável da lavoura, para obtenção de maior eficiência dos cultivos”, enfatiza o pesquisador.

Serão demonstradas as diferenças entre as cultivares em estudo, os procedimentos relacionados à implantação dos cultivos para potencializar a obtenção da máxima produtividade, incluindo a produção de mudas de qualidade, e os aspectos relacionados ao manejo de pragas do cafeeiro. A expectativa dos organizadores do evento é que os agricultores saiam sensibilizados quanto à importância de selecionar as melhores cultivares; de fazer um bom preparo do solo para plantio e como identificar e manejar corretamente as principais pragas do cafeeiro.

Os participantes percorrerão quatro estações em que os especialistas estarão abordando os seguintes temas: produção de mudas clonais de qualidade, Implantação da lavoura: tratos culturais e manejo nutricional, manejo integrado de pragas e desempenho agronômico dos Robustas Amazônicos no Cerrado Mato-grossenses.

O encerramento está previsto para às 12 horas.

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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