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BRASIL

Festival de rap debate participação feminina na música urbana

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Durante toda a tarde e noite deste domingo (16), o bairro boêmio da Lapa, no centro do Rio de Janeiro, será palco de um estilo musical bem urbano e com raízes negras, assim como o samba, porém mais recente e com influências norte-americanas: o rap. Ritmo e poesia ocupam quatro espaços com shows gratuitos e outros a preços populares, além de debates.

Uma das mesas de debate foi Mulheres na Música Urbana, com Yvie Oliveira, fundadora e produtora executiva do Brasil Grime Show (BGS), e Juliana Wanderley, cofundadora e colaboradora do coletivo negro e revista Brasa Magazine. O grime é um estilo musical surgido em Londres no início dos anos 2000, no qual cantores de rap fazem suas rimas em cima de batidas eletrônicas aceleradas. 

Fundado em 2016, o BGS abre espaço para artistas da música urbana experimentarem o estilo. Yvie diz que foi pioneira no trabalho com grime no Brasil e que, nos últimos anos, outros canais no YouTube começaram a trabalhar com o estilo.

“Isso é muito legal de observar. Hoje, quando você olha para o Brasil, tem mais de dez rádios no YouTube focadas em grime. E, até 2020, só existia o Brasil Grime Show. Então, hoje, eu também tenho para onde escoar meu trabalho, para outros programas de grime pelo Brasil. A gente tem uma influência muito forte, sim, e muitos artistas que passaram por nós conseguiram entender isso e trabalhar em cima da mídia que a gente proveu para reverter para o que eles queriam.” 

Apesar do sucesso, Yvie conta que passou por muitas situações de falta de credibilidade por ser mulher. “Tem situações em que se consegue ver de forma explícita que a pessoa vai se relacionar melhor se for um homem dando o direcionamento do que com uma mulher. Você vai sempre ter sua palavra colocada em dúvida. Trabalhei com mais de 60 artistas e só dois tiveram confiança para trabalhar diretamente comigo. Os demais preferiram passar por outras produções. Só que hoje eles estão voltando, pedindo nossa assessoria.”  

Juliana destaca que, muitas vezes, os homens recebem os créditos por um trabalho realizado por mulheres e que o esforço feminino é desrespeitado. “Tem a ética do lado profissional e tem o lado pessoal, e são situações que vão afetar os dois. Tem situações em que eu preciso me impor, como produtora ou assessora, para resguardar meu espaço.” Ela acrescenta que precisa se impor como mulher e dizer: “você não vai falar comigo assim, da mesma forma que você não falaria se fosse com um homem”.

De acordo com Juliana, é uma situação difícil, porque dá impressão de petulância ou de se tratar de uma mulher descontrolada. “E não é sobre isso, é sobre a gente estabelecer um limite do respeito.”

Também foram debatidos os temas Novas Tendências da Cena da Música Urbana; Direito Autoral: da Execução Pública ao Digital e Planejamento de Carreira. Os debates tiveram curadoria do rapper Marcão Baixada, agitador cultural premiado em eventos como o Take Back the Mic, em Miami.

Festival

O festival Lapa pela Lapa foi idealizado pela Agência Olga e realizado em parceria com as agências V3A e SRCOM, além da União Brasileira de Compositores (UBC), Selina, Rádio Mix, Mobees, Virgin Music Brasil e associação Salve Lapa. O patrocínio é da Budweiser e da Secretaria Estadual de Cultura e Economia Criativa, por intermédio da Lei de Incentivo à Cultura. 

Segundo o sócio-diretor da Agência Olga, Mateus Simões, o objetivo do projeto Lapa pela Lapa é valorizar o Rio de Janeiro e um dos bairros mais tradicionais da cidade.

“Nossa inspiração nasceu dos festivais norte-americanos que usam as estruturas das cidades para entregar uma rica programação ao público. Eventos como estes movimentam bastante o mercado local e empreendedores, além de valorizar artistas e criar experiências únicas para o público. Na primeira edição, optamos por fazer com artistas da cena do rap nacional, dando luz à cultura urbana que aflora por todo o Brasil,” afirmou Simões.

Shows

Os shows começaram às 15h. Na Fundição Progresso, os ingressos custam R$ 40, mais a doação de 1 quilo de alimento não perecível, e as principais atrações são BK’ e Marcelo D2, a partir das 20h. Nos Arcos da Lapa, com acesso gratuito, BNegão anima o público a partir das 18h30, seguido de Drik Barbosa.

A atração da Casa Salve Lapa, no Centro Cultural Tá na Rua, é a batalha de MCs, a partir das 19h, com entrada gratuita. O encerramento será com o Mc Funkero e também haverá a pintura de um grafite ao vivo.

Já o Espaço Virgin Music Brasil, no Espaço Verde da Fundição Progresso, terá apresentação de freestyle com PK às 19h e de Marcelinho da Lua às 20h30. 

Fonte: EBC GERAL

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BRASIL

Pedro Paulo quer políticas para advogados com deficiência

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Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.

A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.

“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.

A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.

“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.

A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.

 

Fonte: ELEIÇÕES OAB MT

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